...início, meio e fim. ou não.
o início: o título do meu blog
“incomprehension” é um jogo de palavras entre “em compreensão” e “incompreensão” – o que me retrata perfeitamente. a minha incompreensão não é para com os outros. é para comigo. tento perceber o que e quem me rodeia. tento fundir-me na paisagem. tento tornar-me mais “simples”. tento “descomplicar-me”. tento encontrar-me. porque sei que entre o preto e o branco consigo ver milhares de cores e nuances. o caminho da minha vida é tão tortuoso que nem deus sabe por e para onde vou. nunca escolhi as vias mais fáceis. por um lado, gosto de me pôr à prova. por outro, não sei viver de outra forma. não me imagino casada, com filhos, com um nine to five job. a pagar hipotecas, empréstimos, a planear férias para o algarve todos os anos... não sou eu. não seria eu. não sei para onde quero ir. mas sei para onde não quero ir. e quando me vi numa relação de longa duração (7 anos), vi o meu futuro. vi tudo aquilo que não queria. a traição foi um escape. e como o a. c. frisou (e bem): há quem engane por enganar, há quem engane... por outros motivos. não me arrependo da traição. aliás há bem poucas coisas das quais me arrependo. há uma: não ter terminado esse relacionamento 2 anos antes. um erro que aprendi e que não volto (espero eu) a repetir. ler (n)os sinais. com antecipação. por isso, é que sou mais “selectiva” nas minhas amizades.
o meio (?): os casamentos, os casados, e os sacanas
não sou uma “destruidora de lares” no sentido em que não me envolveria com uma pessoa casada. mesmo se não acredito no casamento. não acredito que um contrato mude o que quer que seja numa relação. aliás acho que lhe confere mais uma “obrigação”. mas admiro as pessoas que ainda dão o nó. com fé. porque outra coisa que me irrita nos casamentos de hoje é o significado em si que foi se perdendo along the way. agora “casamento” é sinónimo de festa. é despachar o assunto com o padre o mais rapidamente possível e depois partir para os “comes&bebes”. gastar dinheiro no casamento. gastar dinheiro no divórcio. para mim é ao que se resume o “casar”. por isso, quem se meteu nelas, que as aguente. é necessário um período de reflexão antes de dar o passo. se não o fez e 3/4 anos depois apercebe-se que afinal ainda lhe faltou muito a descobrir... it’s not my problem and i'm certainly not the solution. e é claro que a maioria prefere ter “um pássaro na mão do que dois a voar”. e é claro que enquanto não tiverem a certeza que a terceira pode ser the right one, não vão deixar a “oficial” partir. a minha opinião? quem o faz é um verdadeiro f**** da p*** (desculpem-me a vulgaridade/aplica-se a ambos os sexos). porquê ter tanto medo de ficar só? por que é que a sociedade (portuguesa) ainda marginaliza as pessoas que escolheram o celibato? eu não fiquei com a pessoa com quem traí o meu namorado. ficamos juntos 2 meses e depois cada um seguiu o seu caminho. eu? decidi continuar a minha vida e saborear a minha liberdade. e sabem que mais? 3 anos volvidos, e não me vejo noutra relação. com restrições, fronteiras, regras, horários? para isso temos a nossa sociedade.
o fim: a minha capacidade de perdão
melhorou substancialmente nos últimos anos. faz parte do meu processo de “compreensão”. ainda não consegui chegar à parte de “esquecer e perdoar”, muito porque acho que se uma pessoa esquecer (e acredito que haja pessoas com memória curta), a outra pessoa (que cometeu o erro) facilmente volta a cometê-lo sem quaisquer preconceitos. o meu avô dizia-me: “há que perdoar, mas não ser burro”. e quando decidi nem perdoar nem esquecer e apaguei certas pessoas da minha vida (muitos familiares do lado paterno), a minha vida melhorou exponencialmente. acabaram-se as intrigas, as más-línguas, as invejas, etc. mas cada caso é um caso, e sim há pessoas que merecem o perdão. perdoar e ser perdoado.
mas todas estas experiências não me tornaram mais amarga para com a vida. ao contrário. passei a apreciá-la ainda mais. “o fracasso não é ausência de sucesso, é desitir de tentar”. é o meu lema. sou uma sobrevivente, tal como jean-baptiste grenouille. se sobrevivi a tanta coisa, é porque tenho um objectivo na vida. ainda não sei qual, mas tenho.
p.s. obrigada a.c. pelos “longos” comentários. tornei-me seguidora oficial do seu blog (pois já o lia oficiosamente através do blog da s.m.) porque gosto das suas estórias e das suas fotografias. e a áfrica faz parte do meu roteiro de viagens "a concretizar".
Aug 31, 2009
la vita
è bella!
hoje recebi a confirmação, há tanto tempo aguardada.
hoje recebi a confirmação que fui retirada do plano de financiamento do fond national suisse.
hoje recebi a confirmação que a partir de amanhã sou oficialmente uma bolsista do programa marie curie.
hoje recebi a confirmação, há tanto tempo aguardada.
hoje recebi a confirmação que fui retirada do plano de financiamento do fond national suisse.
hoje recebi a confirmação que a partir de amanhã sou oficialmente uma bolsista do programa marie curie.
Aug 29, 2009
trust, friendship
...and all that jazz!
esta discussão sobre amizades acordou em mim várias ideias/frustações/memórias do passado.
tenho amigos, tenho colegas e tenho conhecidos. cada um na sua categoria. dentro da categoria “amigos”, tenho de tudo um pouco. diferentes origens, diferentes religiões, diferentes status sociais, diferentes vivências. todos diferentes, todos iguais, e todos especiais. aprendo com cada um deles, e espero que eles aprendam comigo.
algo que aprendi com um (pseudo-)amigo do passado é não voltar a cometer os mesmos erros e não deixar de ser eu própria só para agradar à outra pessoa. fi-lo. durante 7 anos. contrariei-me, fiz coisas contra vontade, deixei de ser quem era. magoei as pessoas que me eram/são mais queridas – a minha família.
recebi muitos wake-up calls para o que me estava a acontecer. mas não queria olhar com olhos de ver. e estranhamente, foi com uma traição que acordei para a realidade. poderia dizer: “aconteceu. não sei como nem porquê. aconteceu”, mas seria mentira. sei como e sei porquê. porque podemos andar “adormecidos”, mas o nosso subconsciente está sempre acordado. atento ao que nos rodeia. e no momento certo, ele acorda-nos. e voltamos a abrir os olhos.
traí, sim. e não me arrependo. porque sei por que o fiz. porque libertou-me de 7 anos de cegueira. livre, foi assim que me senti. free and alive. e foi um doce e puro sabor. vivi intensamente esta traição. e voltaria a fazê-lo. again and again.
com esta pessoa (a quem recuso amizade), o cenário é outro. ela não sabe porque me traiu. mas nada acontece ao acaso. não existe o “aconteceu” ou “foi algo sem importância”. há sempre algo que despoleta a situação. há sempre uma importância. nem sempre é algo que podemos controlar, mas neste caso era-o. controlável. se não o fez, é porque não o quis. não deu importância? e a outra pessoa - a “traída” - também não deve dar importância?
perdoei. não esqueci, mas perdoei. e dei-lhe mais uma oportunidade. e mais uma vez, essa oportunidade foi desperdiçada. mais uma traição. mais um perdão. e outra oportunidade. vamos recomeçar do zero. sob outras condições. deixei de dar importância a certos detalhes. deixei de olhar certas coisas criteriosa e minuciosamente. i’ve moved on.
mas as pessoas não mudam. é contra natura mudar. aliás nem quero que mudem. se mudassem, deixavam de ser quem são. eventualmente reajustam-se.
e pedi-lhe. vezes sem conta. respeita-me. como pessoa, como amiga. respeita-me. respeita as minhas vontades. respeita as minhas escolhas. respeita a minha vida. respeita os meus amigos. não o fez. e não mereceu mais nenhuma oportunidade.
esta discussão sobre amizades acordou em mim várias ideias/frustações/memórias do passado.
tenho amigos, tenho colegas e tenho conhecidos. cada um na sua categoria. dentro da categoria “amigos”, tenho de tudo um pouco. diferentes origens, diferentes religiões, diferentes status sociais, diferentes vivências. todos diferentes, todos iguais, e todos especiais. aprendo com cada um deles, e espero que eles aprendam comigo.
algo que aprendi com um (pseudo-)amigo do passado é não voltar a cometer os mesmos erros e não deixar de ser eu própria só para agradar à outra pessoa. fi-lo. durante 7 anos. contrariei-me, fiz coisas contra vontade, deixei de ser quem era. magoei as pessoas que me eram/são mais queridas – a minha família.
recebi muitos wake-up calls para o que me estava a acontecer. mas não queria olhar com olhos de ver. e estranhamente, foi com uma traição que acordei para a realidade. poderia dizer: “aconteceu. não sei como nem porquê. aconteceu”, mas seria mentira. sei como e sei porquê. porque podemos andar “adormecidos”, mas o nosso subconsciente está sempre acordado. atento ao que nos rodeia. e no momento certo, ele acorda-nos. e voltamos a abrir os olhos.
traí, sim. e não me arrependo. porque sei por que o fiz. porque libertou-me de 7 anos de cegueira. livre, foi assim que me senti. free and alive. e foi um doce e puro sabor. vivi intensamente esta traição. e voltaria a fazê-lo. again and again.
com esta pessoa (a quem recuso amizade), o cenário é outro. ela não sabe porque me traiu. mas nada acontece ao acaso. não existe o “aconteceu” ou “foi algo sem importância”. há sempre algo que despoleta a situação. há sempre uma importância. nem sempre é algo que podemos controlar, mas neste caso era-o. controlável. se não o fez, é porque não o quis. não deu importância? e a outra pessoa - a “traída” - também não deve dar importância?
perdoei. não esqueci, mas perdoei. e dei-lhe mais uma oportunidade. e mais uma vez, essa oportunidade foi desperdiçada. mais uma traição. mais um perdão. e outra oportunidade. vamos recomeçar do zero. sob outras condições. deixei de dar importância a certos detalhes. deixei de olhar certas coisas criteriosa e minuciosamente. i’ve moved on.
mas as pessoas não mudam. é contra natura mudar. aliás nem quero que mudem. se mudassem, deixavam de ser quem são. eventualmente reajustam-se.
e pedi-lhe. vezes sem conta. respeita-me. como pessoa, como amiga. respeita-me. respeita as minhas vontades. respeita as minhas escolhas. respeita a minha vida. respeita os meus amigos. não o fez. e não mereceu mais nenhuma oportunidade.
Aug 28, 2009
ukulele
...unplugged.
entusiasmada pelo post do caro r.j. sobre este pequeno instrumento de cordas e após ter entusiasmado a audiência com o vídeo do london uke festival, decidi dar o meu ar de graça e tocar alguma coisa. ora,
1. é claro que não faço a mínima ideia de como se toca ukulele. ou qualquer outro instrumento for that matter.
2. é claro que eu não tinha um ukulele à mão. e é claro que uma guitarra infantil faz exactamente o mesmo efeito.
3. é claro que já estava qualquer coisa como "bem-disposta".
4. e é claro que somando os 3 pontos anteriores, o resultado iria ser este:
ainda bem que não receio fazer figuras de parva em público :) e ainda bem que o vídeo não dura mais do que 6 segundos.
entusiasmada pelo post do caro r.j. sobre este pequeno instrumento de cordas e após ter entusiasmado a audiência com o vídeo do london uke festival, decidi dar o meu ar de graça e tocar alguma coisa. ora,
1. é claro que não faço a mínima ideia de como se toca ukulele. ou qualquer outro instrumento for that matter.
2. é claro que eu não tinha um ukulele à mão. e é claro que uma guitarra infantil faz exactamente o mesmo efeito.
3. é claro que já estava qualquer coisa como "bem-disposta".
4. e é claro que somando os 3 pontos anteriores, o resultado iria ser este:
ainda bem que não receio fazer figuras de parva em público :) e ainda bem que o vídeo não dura mais do que 6 segundos.
Aug 27, 2009
amores
...& dissabores.
resposta aos comentários deixados pelo a. c. no post "love or not to love":
é sempre difícil tomar a decisão de não querer esta ou aquela amizade (i.e. esta ou aquela pessoa na nossa vida). não foi uma decisão tomada ao de leve. tal como num casamento, uma amizade baseia-se (maioritariamente) num único fundamento: a confiança. e se não houver confiança de parte a parte, então a amizade está condenada ao falhanço. e foi o que aconteceu comigo e essa pessoa. por mais virtudes que tenha essa pessoa (e tem - isso é inegável), se tudo parecer forçado, artificial, superficial, se não houver aquele à-vontade e aquela confiança cega - então não vale a pena deixar a situação arrastar-se ainda mais. neste momento, tenho demasiadas coisas a ocupar-me o espírito, e não preciso de mais uma.
demasiada confusão. demasiadas complicações. aliás uma amizade é (ou deveria ser) descomplicada. e neste caso, não o era. deixou de ser um prazer, e tornou-se um dever. por isso, pus um ponto final.
arrependo-me de uma coisa. enviei-lhe um email com "10 razões para não querer a tua amizade" e deveria também ter-lhe enviado um com "10 razões para eu querer a tua amizade".
porque é verdade: é sempre mais fácil apontar defeitos do que virtudes...
resposta aos comentários deixados pelo a. c. no post "love or not to love":
é sempre difícil tomar a decisão de não querer esta ou aquela amizade (i.e. esta ou aquela pessoa na nossa vida). não foi uma decisão tomada ao de leve. tal como num casamento, uma amizade baseia-se (maioritariamente) num único fundamento: a confiança. e se não houver confiança de parte a parte, então a amizade está condenada ao falhanço. e foi o que aconteceu comigo e essa pessoa. por mais virtudes que tenha essa pessoa (e tem - isso é inegável), se tudo parecer forçado, artificial, superficial, se não houver aquele à-vontade e aquela confiança cega - então não vale a pena deixar a situação arrastar-se ainda mais. neste momento, tenho demasiadas coisas a ocupar-me o espírito, e não preciso de mais uma.
demasiada confusão. demasiadas complicações. aliás uma amizade é (ou deveria ser) descomplicada. e neste caso, não o era. deixou de ser um prazer, e tornou-se um dever. por isso, pus um ponto final.
arrependo-me de uma coisa. enviei-lhe um email com "10 razões para não querer a tua amizade" e deveria também ter-lhe enviado um com "10 razões para eu querer a tua amizade".
porque é verdade: é sempre mais fácil apontar defeitos do que virtudes...
Aug 24, 2009
à descoberta
...de erich fromm.
erich fromm postulated five basic needs:
1. relatedness - relationships with others, care, respect, knowledge;
2. transcendence - creativity, develop a loving and interesting life;
3. rootedness - feeling of belonging;
4. sense of identity - see ourselves as a unique person and part of a social group.
5. a frame of orientation - the need to understand the world and our place in it.
erich fromm postulated five basic needs:
1. relatedness - relationships with others, care, respect, knowledge;
2. transcendence - creativity, develop a loving and interesting life;
3. rootedness - feeling of belonging;
4. sense of identity - see ourselves as a unique person and part of a social group.
5. a frame of orientation - the need to understand the world and our place in it.
morre-se
...nas estradas portuguesas, morre-se nas estradas da irlanda do norte.
não é fácil conduzir do lado esquerdo da estrada quando estamos habituados ao lado direito. não é fácil conduzir com o volante do lado direito quando estamos habituados ao lado esquerdo. trabalhar com a caixa de velocidades com a mão esquerda também exige alguma perícia.
percorri inúmeras vezes a estrada onde ontem morreram quatro portugueses e um ficou gravemente ferido: tandragee road, em newry. também já tive as minhas peripécias nas estradas irlandesas. e eu conduzia um carro "europeu" (volante à esquerda) - o que por um lado facilitava-me a vida e pelo outro a complicava (sobretudo nas ultrapassagens e pagamentos em portagens).
mas todos achamos que temos competências suficientes para conduzir o que quer que seja, onde quer que seja. e não é bem assim. um ano após a irlanda, ainda fico confusa quanto ao sentido de circulação.
triste acontecimento, mas gostava que as pessoas tivessem a cabeça sobre os ombros e não se achassem os "super-heróis das estradas".
não é fácil conduzir do lado esquerdo da estrada quando estamos habituados ao lado direito. não é fácil conduzir com o volante do lado direito quando estamos habituados ao lado esquerdo. trabalhar com a caixa de velocidades com a mão esquerda também exige alguma perícia.
percorri inúmeras vezes a estrada onde ontem morreram quatro portugueses e um ficou gravemente ferido: tandragee road, em newry. também já tive as minhas peripécias nas estradas irlandesas. e eu conduzia um carro "europeu" (volante à esquerda) - o que por um lado facilitava-me a vida e pelo outro a complicava (sobretudo nas ultrapassagens e pagamentos em portagens).
mas todos achamos que temos competências suficientes para conduzir o que quer que seja, onde quer que seja. e não é bem assim. um ano após a irlanda, ainda fico confusa quanto ao sentido de circulação.
triste acontecimento, mas gostava que as pessoas tivessem a cabeça sobre os ombros e não se achassem os "super-heróis das estradas".
Aug 21, 2009
virá outro
...prémio nobel em fisiologia ou medicina para portugal?
a descoberta não foi feita em portugal, mas os neurónios são 100% lusos.
josé silva publicou hoje um artigo sobre o papel do nanog (do celta "Tír na nÓg" - the land of the ever-young) na famosa revista científica cell.
os japoneses já tinham identificado o gene em 2003, mas só agora é que se descobriu a função biológica dele: a transformação de células adultas em células estaminais embrionárias.
complicado explicar em poucas linhas e de uma forma simplista o que isto significa, mas façam a analogia com o filme "the curious case of benjamin button" e compreenderão q.b.
a descoberta não foi feita em portugal, mas os neurónios são 100% lusos.
josé silva publicou hoje um artigo sobre o papel do nanog (do celta "Tír na nÓg" - the land of the ever-young) na famosa revista científica cell.
os japoneses já tinham identificado o gene em 2003, mas só agora é que se descobriu a função biológica dele: a transformação de células adultas em células estaminais embrionárias.
complicado explicar em poucas linhas e de uma forma simplista o que isto significa, mas façam a analogia com o filme "the curious case of benjamin button" e compreenderão q.b.
it might be
...my lucky day.
não posso dar muitos mais detalhes até receber a confirmação ("o segredo é a alma do negócio"), but it does look good :)
dentro de uma semana farei o anúncio oficial - se tudo correr bem.
nota: devo andar com um bom karma - pelo menos questão trabalho. não, ainda não descobri a cura para o cancro, mas comecei a semana com um rol de elogios por parte do meu professor. será uma técnica de motivação para o semestre que começa? no idea. mas soube bem.
não posso dar muitos mais detalhes até receber a confirmação ("o segredo é a alma do negócio"), but it does look good :)
dentro de uma semana farei o anúncio oficial - se tudo correr bem.
nota: devo andar com um bom karma - pelo menos questão trabalho. não, ainda não descobri a cura para o cancro, mas comecei a semana com um rol de elogios por parte do meu professor. será uma técnica de motivação para o semestre que começa? no idea. mas soube bem.
Aug 20, 2009
a morte
...de um blog.
com muita pena, descobri o desaparecimento do blog zurzindo & afagando.
mesmo as coisas boas têm de acabar um dia.
com muita pena, descobri o desaparecimento do blog zurzindo & afagando.
mesmo as coisas boas têm de acabar um dia.
to love
..or not to love? that is the question.
no dia em que fui "forçada" a enviar um email a explicar o porquê de não querer uma amizade com uma pessoa, recebo uma declaração de amor de outra. amor (?) esse não correspondido. tenho muito carinho e apreço por ele, mas nada mais. fico triste por algumas pessoas confundirem sentimentos. e demonstrações de carinho. também fico triste que ele tenha esperado mais de 8 meses para se declarar. porque não ser frontal? pôr as cartas na mesa. tudo seria tão mais fácil. evitar-se-iam muitos mal-entendidos.
espero que a primeira pessoa entenda que dispenso a sua amizade. e espero que a segunda pessoa entenda que, por mais carinho que lhe tenha, nunca será amor.
aliás se a segunda pessoa me conhecesse realmente bem, rapidamente os sentimentos que nutre por mim se desvaneceriam.
no dia em que fui "forçada" a enviar um email a explicar o porquê de não querer uma amizade com uma pessoa, recebo uma declaração de amor de outra. amor (?) esse não correspondido. tenho muito carinho e apreço por ele, mas nada mais. fico triste por algumas pessoas confundirem sentimentos. e demonstrações de carinho. também fico triste que ele tenha esperado mais de 8 meses para se declarar. porque não ser frontal? pôr as cartas na mesa. tudo seria tão mais fácil. evitar-se-iam muitos mal-entendidos.
espero que a primeira pessoa entenda que dispenso a sua amizade. e espero que a segunda pessoa entenda que, por mais carinho que lhe tenha, nunca será amor.
aliás se a segunda pessoa me conhecesse realmente bem, rapidamente os sentimentos que nutre por mim se desvaneceriam.
Aug 19, 2009
qualquer coisa
...como 4000kms depois.
estou de regresso a basiléia. custa sempre a partida (deixar família, amigos e o mar), mas depois de cá estar, tudo volta à normalidade - quase que diria "à rotina", mas a minha vida nunca foi rotineira. e ainda bem.
a ida e o regresso foram uma autêntica aventura.
partimos de basel no 29 de julho às 13h00 (após inúmeras despedidas - até parecia que ia para nunca mais voltar) e rumo à frança. primeira paragem em saint-louis (logo ao atravessar a fronteira), no e. leclerc para algumas compras e almoço e regresso à estrada às 15h00. alguns quilómetros depois (~100), já começavam as peripécias - perdemos a saída na via rápida e fomos obrigadas a percorrer mais de 100kms para voltar ao sítio certo. começou bem.
algures perto de vichy/clermont-ferrand, voltamos a perder a saída e fomos ver paisagens no massif central. estradas nacionais e departamentais. valeu a pena pelas vistas e pelo bom restaurante onde paramos para jantar.
na madrugada, chegamos ao sul de frança. numa paragem obrigatória - todas as duas horas para o refill de cafeína (redbulls e café) e idas ao wc - reparamos que a língua predominante nas estações de serviço era o português. num tom de brincadeira, a minha mana e eu dissemos que estava tudo com pressa de comer a postinha de bacalhau ao almoço. e verdade seja dita, nós também não faltamos ao chamamento:
chegamos a vila cova às 16h00 (portuguesas), i.e. exactamente 24h depois da nossa partida. e a minha cara era esta após muitas horas de privação de sono:
*************************************
o regresso foi mais penoso. por dois motivos - a vontade de partir era quase nula e a minha excelente ideia de atravessar a frança em "linha recta". saímos no dia 16 de agosto, às 17h00. outra vez múltiplas despedidas (faltam 4 meses para o natal) e o último cafézinho em companhia dos progenitores. a travessia de portugal e espanha foi tão rápida que sem nos apercebermos...
à 1h00 já estávamos em bordeaux! e desta vez a população predominante era a comunidade magrebina. e - desculpem-me o comentário xenófobo - mas viu-se pelo estado das casas-de-banho.
pouco a pouco, fomos "tomando a direcção" da suisse. digo "pouco a pouco", pois como escrevi anteriormente, tive a brilhante ideia de atravessar a frança em linha recta. o que significou atravessar o massif central em estradas nacionais, assim como os alpes e atravessar a fronteira frança/suíça mais abaixo - em genebra. doeu. muito. sobretudo nas partes posteriores. se é cool conduzir um carro desportivo, não é cool para longas viagens. sofremos. mais a p. que ia a conduzir do que eu (claro que mais uma vez não me passou o bólide para as mãos - será que tenho de lhe relembrar que passei ao exame de código e de condução à primeira volta?!). penoso é também atravessar a frança devido aos inúmeros radares de controlo de velocidade. um momento de ouro foi a p. me ter dito que já não via um radar há muito tempo, e uma fracção de segundos depois, ter-mo-nos deparado com o painel de aviso. a p. reduziu de imediato a velocidade, mas permanece a dúvida se o fez suficientemente, pois alguém foi "flashado". o carro que ia à nossa frente ou nós?
da próxima p., guarda esses pensamentos para ti própria e assim evitas/evitamos desventuras.
à chegada à suíça, mais uma surpresa: o trânsito caótico do regresso das férias (as aulas começaram oficialmente nos cantões alemães a 17 de agosto). trânsito caótico entre genebra e lausanne. trânsito caótico entre berna e basiléia. trânsito caótico à entrada de basiléia. chegada a casa às 19h00.
foi descarregar o carro, jantar qualquer coisa e cama. porque no dia seguinte, foi dia de "pica-boi".
ficam agora as fotos para matar saudades...
estou de regresso a basiléia. custa sempre a partida (deixar família, amigos e o mar), mas depois de cá estar, tudo volta à normalidade - quase que diria "à rotina", mas a minha vida nunca foi rotineira. e ainda bem.
a ida e o regresso foram uma autêntica aventura.
partimos de basel no 29 de julho às 13h00 (após inúmeras despedidas - até parecia que ia para nunca mais voltar) e rumo à frança. primeira paragem em saint-louis (logo ao atravessar a fronteira), no e. leclerc para algumas compras e almoço e regresso à estrada às 15h00. alguns quilómetros depois (~100), já começavam as peripécias - perdemos a saída na via rápida e fomos obrigadas a percorrer mais de 100kms para voltar ao sítio certo. começou bem.
algures perto de vichy/clermont-ferrand, voltamos a perder a saída e fomos ver paisagens no massif central. estradas nacionais e departamentais. valeu a pena pelas vistas e pelo bom restaurante onde paramos para jantar.
na madrugada, chegamos ao sul de frança. numa paragem obrigatória - todas as duas horas para o refill de cafeína (redbulls e café) e idas ao wc - reparamos que a língua predominante nas estações de serviço era o português. num tom de brincadeira, a minha mana e eu dissemos que estava tudo com pressa de comer a postinha de bacalhau ao almoço. e verdade seja dita, nós também não faltamos ao chamamento:
chegamos a vila cova às 16h00 (portuguesas), i.e. exactamente 24h depois da nossa partida. e a minha cara era esta após muitas horas de privação de sono:
*************************************
o regresso foi mais penoso. por dois motivos - a vontade de partir era quase nula e a minha excelente ideia de atravessar a frança em "linha recta". saímos no dia 16 de agosto, às 17h00. outra vez múltiplas despedidas (faltam 4 meses para o natal) e o último cafézinho em companhia dos progenitores. a travessia de portugal e espanha foi tão rápida que sem nos apercebermos...
à 1h00 já estávamos em bordeaux! e desta vez a população predominante era a comunidade magrebina. e - desculpem-me o comentário xenófobo - mas viu-se pelo estado das casas-de-banho.
pouco a pouco, fomos "tomando a direcção" da suisse. digo "pouco a pouco", pois como escrevi anteriormente, tive a brilhante ideia de atravessar a frança em linha recta. o que significou atravessar o massif central em estradas nacionais, assim como os alpes e atravessar a fronteira frança/suíça mais abaixo - em genebra. doeu. muito. sobretudo nas partes posteriores. se é cool conduzir um carro desportivo, não é cool para longas viagens. sofremos. mais a p. que ia a conduzir do que eu (claro que mais uma vez não me passou o bólide para as mãos - será que tenho de lhe relembrar que passei ao exame de código e de condução à primeira volta?!). penoso é também atravessar a frança devido aos inúmeros radares de controlo de velocidade. um momento de ouro foi a p. me ter dito que já não via um radar há muito tempo, e uma fracção de segundos depois, ter-mo-nos deparado com o painel de aviso. a p. reduziu de imediato a velocidade, mas permanece a dúvida se o fez suficientemente, pois alguém foi "flashado". o carro que ia à nossa frente ou nós?
da próxima p., guarda esses pensamentos para ti própria e assim evitas/evitamos desventuras.
à chegada à suíça, mais uma surpresa: o trânsito caótico do regresso das férias (as aulas começaram oficialmente nos cantões alemães a 17 de agosto). trânsito caótico entre genebra e lausanne. trânsito caótico entre berna e basiléia. trânsito caótico à entrada de basiléia. chegada a casa às 19h00.
foi descarregar o carro, jantar qualquer coisa e cama. porque no dia seguinte, foi dia de "pica-boi".
ficam agora as fotos para matar saudades...
Aug 12, 2009
em contagem decrescente
...para o regresso a helvetia.
estes dias passaram depressa. demasiado depressa. como sempre, não tive tempo de bater à porta de todas as capelinhas - é o problema de ter amigos espalhados em vários pontos de portugal.
no natal de 2006, prometi-me que não voltaria a percorrer 2000kms para satisfazer pedidos de visita. mas é díficil escolher uns em detrimento de outros. por isso, vou elaborar uma lista de pessoas a ver e organizar melhor a minha próxima estadia - algures em dezembro. um grupo para o verão, e outro para o inverno. e os "especiais" serão abençoados com a minha visita em ambas as épocas.
amanhã e sexta, últimos cafés, jantares e compras.
e see you all in a few months
estes dias passaram depressa. demasiado depressa. como sempre, não tive tempo de bater à porta de todas as capelinhas - é o problema de ter amigos espalhados em vários pontos de portugal.
no natal de 2006, prometi-me que não voltaria a percorrer 2000kms para satisfazer pedidos de visita. mas é díficil escolher uns em detrimento de outros. por isso, vou elaborar uma lista de pessoas a ver e organizar melhor a minha próxima estadia - algures em dezembro. um grupo para o verão, e outro para o inverno. e os "especiais" serão abençoados com a minha visita em ambas as épocas.
amanhã e sexta, últimos cafés, jantares e compras.
e see you all in a few months
Aug 6, 2009
no to your
...friendship.
prezo as minhas amizades. de quando em vez, maltrato-as. "esqueço-me" de alimentá-las. mas quem for meu amigo, sabe que nem a distância nem o tempo alterará a nossa relação. um telefonema, um encontro, um acaso. e tudo volta ao ponto onde se ficou meses, ou anos antes. sou fiel aos meus amigos. e sei que eles me retribuem essa fidelidade. mas algo que não aceito de ninguém - nem de familiares, nem de amigos, nem de colegas, nem de conhecidos - é a falta de respeito. e sábado passado, uma certa pessoa faltou-me ao respeito. procurava a minha amizade? encontrou a minha inimizade. perdeu uma boa ocasião para ficar calada. para aprender que, quando sou contrariada, o melhor é manter distância. não entendeu. ou pretendeu não entender. whatever. essa pessoa está agora proibida de entrar em contacto comigo. nunca fará parte do meu círculo de amigos. se eu estava na dúvida quanto à sinceridade da amizade que me era proposta, essas dúvidas desvaneceram-se no passado sábado. finito.
prezo as minhas amizades. de quando em vez, maltrato-as. "esqueço-me" de alimentá-las. mas quem for meu amigo, sabe que nem a distância nem o tempo alterará a nossa relação. um telefonema, um encontro, um acaso. e tudo volta ao ponto onde se ficou meses, ou anos antes. sou fiel aos meus amigos. e sei que eles me retribuem essa fidelidade. mas algo que não aceito de ninguém - nem de familiares, nem de amigos, nem de colegas, nem de conhecidos - é a falta de respeito. e sábado passado, uma certa pessoa faltou-me ao respeito. procurava a minha amizade? encontrou a minha inimizade. perdeu uma boa ocasião para ficar calada. para aprender que, quando sou contrariada, o melhor é manter distância. não entendeu. ou pretendeu não entender. whatever. essa pessoa está agora proibida de entrar em contacto comigo. nunca fará parte do meu círculo de amigos. se eu estava na dúvida quanto à sinceridade da amizade que me era proposta, essas dúvidas desvaneceram-se no passado sábado. finito.
o porquê da letra "jota"
...não aparecer na tabela períodica dos elementos químicos.
a explicação que me foi dada no 9.º ano - quando escolhi a via da quimicotécnia, foi que a letra jota não era nem a primeira nem a segunda letra de nenhum elemento químico. A regra para a escolha do símbolo químico (composto por uma ou duas letras do abecedário romano) impõe que as letras escolhidas façam parte do nome do elemento.
o meu palpite é que como:
1. o "j" deriva do "i", e não estava inicialmente incluído no abc romano (linguistas, corrijam-me se estiver errada), e
2. os nomes dos elementos químicos estão originalmente escritos em latim,
e cruzando «1» e «2», tem toda a lógica o "j" não aparecer na versão final da tabela períodica de mendeleev.
mas aceitam-se mais sugestões/explicações :)
a explicação que me foi dada no 9.º ano - quando escolhi a via da quimicotécnia, foi que a letra jota não era nem a primeira nem a segunda letra de nenhum elemento químico. A regra para a escolha do símbolo químico (composto por uma ou duas letras do abecedário romano) impõe que as letras escolhidas façam parte do nome do elemento.
o meu palpite é que como:
1. o "j" deriva do "i", e não estava inicialmente incluído no abc romano (linguistas, corrijam-me se estiver errada), e
2. os nomes dos elementos químicos estão originalmente escritos em latim,
e cruzando «1» e «2», tem toda a lógica o "j" não aparecer na versão final da tabela períodica de mendeleev.
mas aceitam-se mais sugestões/explicações :)
Aug 5, 2009
yep
...it had to happen to me!
ontem fui à maravilhosa invicta com a minha mana p.
a agenda era simples:
- de manhã: ida ao corte inglés de gaia (à lúcia piloto cabeleireiros) e ao centro do porto (porto editora/hospital santo antónio) e
- de tarde: ida ao dentista (perto da rua da constituição), à fnac do norteshopping e à feira medieval de santa maria da feira com a mana c.
nada de transcendental. simplesmente teria de conduzir até ao porto e no porto, pois a minha mana não se sente à vontade para conduzir na cidade. como estou "proibida" de pôr as minhas mãos no volante da máquina dela**, levamos o bólide da minha mãe (sim, o carro que não consegue ultrapassar os 120km/h excepto numa bela descida).
o plano da manhã foi logo pelo cano abaixo quando a p. e eu nos apercebemos que tínhamos adormecido e estar no corte inglés às 10h00 já estava fora de questão. a somar, sair de casa dos meus pais a horas, é missão impossível. há sempre mais aquele recado, mais aquela advertência, mais um problema de uma lâmpada de stop que não funciona, mais aquela coisinha... tudo é motivo para nos reter mais uns minutos em casa. chegamos a gaia às 11h10 instead of the initial 10h00.
se estilizar o meu cabelo revelou-se tarefa fácil, tratar da crina da mana p. é outro assunto. demorou 3h. sim, 3h! para pintar, cortar e secar o cabelo dela. esperei e exasperei. olhos postos no meu relógio, re-estabeleci a ordem de prioridades dos assuntos a tratar. porto editora, hospital (onde só pretendia uma informação) e fnac ficariam para a parte da tarde (i.e. depois do almoço e depois da minha consulta no dentista). rápida chamada ao gabinete do meu médico dentista para avisar do meu atraso, rápido almoço e (na medida do possível) rápida viagem até a rua da constituição.
a minha consulta demorou mais do que o previsto e já eram quase 16h00 quando nos dirigimos à rua da restauração (no lado oposto do porto). outro atraso, entre escolher manuais e pesquisar as novidades literárias. adquiri uma gramática e um manual (iniciação) de alemão a ver se finalmente mergulho nos meandros linguísticos germânicos.
corrida até ao santo antónio, corrida pelos corredores do santo antónio, corrida até ao serviço de ortopedia do santo antónio. espera de 20mins para pedir uma informação - 2 mins de conversa e pedidos de esclarecimento à assistente. corrida de regresso ao parque de estacionamento do palácio de cristal. entrada no trânsito caótico da invicta em plena hora de ponta (18h00), chamada à mana c. para avisar do atraso. entrada na a29 direcção santa maria da feira. trânsito ainda mais caótico. chamada da mana c. para avisar de uma fila de trãnsito de 4kms na saída de santa maria da feira na a29. entrada na a1, e 5 mins depois encontro no parque de estacionamento do feira nova da feira, onde deixei o carro da minha querida mãezinha estacionado.
mudança de carro, formalidades (f. as minhas manas p. e e. - p. e e. o meu colega de trabalho, o f.) e lá fomos por caminhos travessos e atalhos para o centro da cidade - não sem antes a minha mana p. me ter dito: "tens as chaves do carro? não as percas!".
o serão foi muito agradável - primo di tutto pela companhia, mas também pelo ambiente, pela atmosfera, pelo clima ameno, pela beleza da cidade (que não conhecia). uma noite fantástica. sandes de porco, regadas a sangria. fogaças quentes, regadas a sangria. hmmm. excelente - fiz uma pausa na minha dieta, mas bem merecida.
às 22h00, fomos ao recinto assistir às "justas". incentivamos o nosso cavaleiro com gritos e assobios e insultamos o adversário. pedimos sangue e vitória. infelizmente, el caballero rojo (por quem estávamos a torcer) perdeu o torneio. vencidos, mas sempre bem-dispostos, regressamos lentamente ao carro empurrados pela maré de pessoas. era quase meia-noite.
aquando a chegada ao parque de estacionamento do feira nova para levantar o carro, começo a procura frenética das chaves. nada. niente. null. rien. esvazio o meu saco. reviro tudo. carteira, chaves de casa, telemóvel, escova de dentes, aparelho de contenção, bolsa de primeiros socorros, porta-moedas. chaves de carro? nop. missing in combat. "tens as chaves do carro? não as percas!" pois, p. obrigada pelo conselho ou melhor, obrigada pela praga. e sim, p. perdi-as!
regressamos ao porto ao carro da minha mana c. e a casa. pelo caminho, procurei uma bela desculpa para explicar à minha mãe o porquê do carro dela não estar em casa. um momento de clareza. uma epifania. pegar nas chaves suplentes e regressar a santa maria da feira. trazer o carro e contar a estória, mas com o carro são e salvo em casa.
por esta hora, já deveria saber que depois da meia-noite e de duas canecas de sangria, as minhas "ideias" estão longe de ser de génio e/ou geniais. chegamos a casa à 1h00, pegamos no carro da minha mana p. (e a c. regressou a casa), vasculhei o escritório do meu pai à procura das malditas chaves e fizemos novamente os 84kms para a feira. novamente o meu cérebro sofreu uma paragem de actividade grave. muito grave. o meu pai tem 5 carros, uma moto e um tractor, a somar é o guardião das chaves do meu carro. ora, no escritório, encontrei somente 3 chaves - que "eventualmente" poderiam pertencer a algo com motor: as chaves do meu carro (que, tenho a certeza, é motorizado), as chaves do tractor (devidamente identificadas) e umas chaves de origem desconhecida. semelhante às chaves de um carro, mas não identificado (tipo cópia de chave de um veículo mas feita num chaveiro). estranhamente (ou obviamente?), nem me ocorreu: "onde estariam as outras chaves?" porque out of 8, encontrar 2 e 1/2 levanta suspeitas. mas não, feliz da vida e certa que resolveria o hic com a maior das facilidades, metemo-nos a caminho. a p. ainda perguntou "tens a certeza que são estas?" ao que respondi "eram as únicas que estavam lá" - o que justifica perfeitamente os 168kms que iríamos fazer.
às 2h00, frente ao carro e chaves da mão, realizei que deveria fazer parte de um desses filmes de q.i. muito baixo (género "onde pára a polícia 3 1/2"). é claro que a chave não era a correcta. e é claro que não me iria safar desta situação tão facilmente.
regressamos à feira medieval, voltamos a percorrer todos os caminhos, obrigamos os securitas a palmear o recinto das "justas", informei o serviço de "perdidos e achados", a polícia municipal e a gnr. e regressamos a casa. sem carro. às 4h00. a minha mãe estava acordada preocupadíssima, já com mil e uma versões do que poderia ter acontecido (afinal faltavam 2 carros em casa). após ter contado por traços gerais o que me tinha acontecido e saber pela boca da minha mãe que o meu pai tem um esconderijo especial para as quinhentas mil chaves dos seus brinquedos, fui dormir. umas meras 3 horas. levantei-me às 7h00 para ir de boleia com a minha mana c. e o f. até sta maria da feira e recuperar o carro. ainda tive de ouvir o meu pai dizer "perder chaves, toda a gente as perde. mas percorrer desnecessariamente 200kms de noite, já é pura estupidez".
lesson learned. e juro que, um dia, vou deixar de acreditar no pai natal.
**nota - a minha mana percorreu os 1850kms que separam basel de vila cova sem nunca me dar o carro dela para as mãos. perto da cidade de chaves, ela teve um momento de fatiga. (in)felizmente, tive a brilhante ideia de pôr o cd dos abba, o que rapidamente a despertou. e assim fechei a minha janela de oportunidade para conduzir um desportivo. mais um momento de "pura estupidez".
ontem fui à maravilhosa invicta com a minha mana p.
a agenda era simples:
- de manhã: ida ao corte inglés de gaia (à lúcia piloto cabeleireiros) e ao centro do porto (porto editora/hospital santo antónio) e
- de tarde: ida ao dentista (perto da rua da constituição), à fnac do norteshopping e à feira medieval de santa maria da feira com a mana c.
nada de transcendental. simplesmente teria de conduzir até ao porto e no porto, pois a minha mana não se sente à vontade para conduzir na cidade. como estou "proibida" de pôr as minhas mãos no volante da máquina dela**, levamos o bólide da minha mãe (sim, o carro que não consegue ultrapassar os 120km/h excepto numa bela descida).
o plano da manhã foi logo pelo cano abaixo quando a p. e eu nos apercebemos que tínhamos adormecido e estar no corte inglés às 10h00 já estava fora de questão. a somar, sair de casa dos meus pais a horas, é missão impossível. há sempre mais aquele recado, mais aquela advertência, mais um problema de uma lâmpada de stop que não funciona, mais aquela coisinha... tudo é motivo para nos reter mais uns minutos em casa. chegamos a gaia às 11h10 instead of the initial 10h00.
se estilizar o meu cabelo revelou-se tarefa fácil, tratar da crina da mana p. é outro assunto. demorou 3h. sim, 3h! para pintar, cortar e secar o cabelo dela. esperei e exasperei. olhos postos no meu relógio, re-estabeleci a ordem de prioridades dos assuntos a tratar. porto editora, hospital (onde só pretendia uma informação) e fnac ficariam para a parte da tarde (i.e. depois do almoço e depois da minha consulta no dentista). rápida chamada ao gabinete do meu médico dentista para avisar do meu atraso, rápido almoço e (na medida do possível) rápida viagem até a rua da constituição.
a minha consulta demorou mais do que o previsto e já eram quase 16h00 quando nos dirigimos à rua da restauração (no lado oposto do porto). outro atraso, entre escolher manuais e pesquisar as novidades literárias. adquiri uma gramática e um manual (iniciação) de alemão a ver se finalmente mergulho nos meandros linguísticos germânicos.
corrida até ao santo antónio, corrida pelos corredores do santo antónio, corrida até ao serviço de ortopedia do santo antónio. espera de 20mins para pedir uma informação - 2 mins de conversa e pedidos de esclarecimento à assistente. corrida de regresso ao parque de estacionamento do palácio de cristal. entrada no trânsito caótico da invicta em plena hora de ponta (18h00), chamada à mana c. para avisar do atraso. entrada na a29 direcção santa maria da feira. trânsito ainda mais caótico. chamada da mana c. para avisar de uma fila de trãnsito de 4kms na saída de santa maria da feira na a29. entrada na a1, e 5 mins depois encontro no parque de estacionamento do feira nova da feira, onde deixei o carro da minha querida mãezinha estacionado.
mudança de carro, formalidades (f. as minhas manas p. e e. - p. e e. o meu colega de trabalho, o f.) e lá fomos por caminhos travessos e atalhos para o centro da cidade - não sem antes a minha mana p. me ter dito: "tens as chaves do carro? não as percas!".
o serão foi muito agradável - primo di tutto pela companhia, mas também pelo ambiente, pela atmosfera, pelo clima ameno, pela beleza da cidade (que não conhecia). uma noite fantástica. sandes de porco, regadas a sangria. fogaças quentes, regadas a sangria. hmmm. excelente - fiz uma pausa na minha dieta, mas bem merecida.
às 22h00, fomos ao recinto assistir às "justas". incentivamos o nosso cavaleiro com gritos e assobios e insultamos o adversário. pedimos sangue e vitória. infelizmente, el caballero rojo (por quem estávamos a torcer) perdeu o torneio. vencidos, mas sempre bem-dispostos, regressamos lentamente ao carro empurrados pela maré de pessoas. era quase meia-noite.
aquando a chegada ao parque de estacionamento do feira nova para levantar o carro, começo a procura frenética das chaves. nada. niente. null. rien. esvazio o meu saco. reviro tudo. carteira, chaves de casa, telemóvel, escova de dentes, aparelho de contenção, bolsa de primeiros socorros, porta-moedas. chaves de carro? nop. missing in combat. "tens as chaves do carro? não as percas!" pois, p. obrigada pelo conselho ou melhor, obrigada pela praga. e sim, p. perdi-as!
regressamos ao porto ao carro da minha mana c. e a casa. pelo caminho, procurei uma bela desculpa para explicar à minha mãe o porquê do carro dela não estar em casa. um momento de clareza. uma epifania. pegar nas chaves suplentes e regressar a santa maria da feira. trazer o carro e contar a estória, mas com o carro são e salvo em casa.
por esta hora, já deveria saber que depois da meia-noite e de duas canecas de sangria, as minhas "ideias" estão longe de ser de génio e/ou geniais. chegamos a casa à 1h00, pegamos no carro da minha mana p. (e a c. regressou a casa), vasculhei o escritório do meu pai à procura das malditas chaves e fizemos novamente os 84kms para a feira. novamente o meu cérebro sofreu uma paragem de actividade grave. muito grave. o meu pai tem 5 carros, uma moto e um tractor, a somar é o guardião das chaves do meu carro. ora, no escritório, encontrei somente 3 chaves - que "eventualmente" poderiam pertencer a algo com motor: as chaves do meu carro (que, tenho a certeza, é motorizado), as chaves do tractor (devidamente identificadas) e umas chaves de origem desconhecida. semelhante às chaves de um carro, mas não identificado (tipo cópia de chave de um veículo mas feita num chaveiro). estranhamente (ou obviamente?), nem me ocorreu: "onde estariam as outras chaves?" porque out of 8, encontrar 2 e 1/2 levanta suspeitas. mas não, feliz da vida e certa que resolveria o hic com a maior das facilidades, metemo-nos a caminho. a p. ainda perguntou "tens a certeza que são estas?" ao que respondi "eram as únicas que estavam lá" - o que justifica perfeitamente os 168kms que iríamos fazer.
às 2h00, frente ao carro e chaves da mão, realizei que deveria fazer parte de um desses filmes de q.i. muito baixo (género "onde pára a polícia 3 1/2"). é claro que a chave não era a correcta. e é claro que não me iria safar desta situação tão facilmente.
regressamos à feira medieval, voltamos a percorrer todos os caminhos, obrigamos os securitas a palmear o recinto das "justas", informei o serviço de "perdidos e achados", a polícia municipal e a gnr. e regressamos a casa. sem carro. às 4h00. a minha mãe estava acordada preocupadíssima, já com mil e uma versões do que poderia ter acontecido (afinal faltavam 2 carros em casa). após ter contado por traços gerais o que me tinha acontecido e saber pela boca da minha mãe que o meu pai tem um esconderijo especial para as quinhentas mil chaves dos seus brinquedos, fui dormir. umas meras 3 horas. levantei-me às 7h00 para ir de boleia com a minha mana c. e o f. até sta maria da feira e recuperar o carro. ainda tive de ouvir o meu pai dizer "perder chaves, toda a gente as perde. mas percorrer desnecessariamente 200kms de noite, já é pura estupidez".
lesson learned. e juro que, um dia, vou deixar de acreditar no pai natal.
**nota - a minha mana percorreu os 1850kms que separam basel de vila cova sem nunca me dar o carro dela para as mãos. perto da cidade de chaves, ela teve um momento de fatiga. (in)felizmente, tive a brilhante ideia de pôr o cd dos abba, o que rapidamente a despertou. e assim fechei a minha janela de oportunidade para conduzir um desportivo. mais um momento de "pura estupidez".
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