Aug 20, 2009

to love

..or not to love? that is the question.

no dia em que fui "forçada" a enviar um email a explicar o porquê de não querer uma amizade com uma pessoa, recebo uma declaração de amor de outra. amor (?) esse não correspondido. tenho muito carinho e apreço por ele, mas nada mais. fico triste por algumas pessoas confundirem sentimentos. e demonstrações de carinho. também fico triste que ele tenha esperado mais de 8 meses para se declarar. porque não ser frontal? pôr as cartas na mesa. tudo seria tão mais fácil. evitar-se-iam muitos mal-entendidos.

espero que a primeira pessoa entenda que dispenso a sua amizade. e espero que a segunda pessoa entenda que, por mais carinho que lhe tenha, nunca será amor.

aliás se a segunda pessoa me conhecesse realmente bem, rapidamente os sentimentos que nutre por mim se desvaneceriam.

5 comments:

SmartinS said...

”…se a segunda pessoa me conhecesse realmente bem, rapidamente os sentimentos que nutre por mim se desvaneceriam”

Que tipo de comentário vem a ser este? Se estivesses ao meu lado podes ter a certeza que estavas a levar um duplo puxão de orelhas, um belo abanão de ombros e um dolorosa palmada no traseiro! És das pessoas mais fortes e decididas que conheço. És honesta, meiga e sabes viver a vida sem olhar para trás! Se não te amam por estas qualidades e por quem és então que amor poderia ser esse?! Não te deixes levar por pensamentos negativos e acredita no valor que tens!

Um abraço apretadinho (daqueles que tiram o folego por uns segundos)

Silvia

li said...

obrigada pelos elogios :)
(não dá para desenhar o smiley a corar)
escrevi a frase com um duplo sentido:
- aquilo que sou com os meus amigos, não o sou com os meus namorados. retiro um prazer sádico em fazê-los sofrer. por isso, é melhor para a saúde deles, manterem-se à distância ;)

- a pessoa que me escreveu o email cheio de frases doces é casada. se realmente me conhecesse, saberia que não sou "destruidora de lares".

SmartinS said...

Bom, aí o caso muda completamente de figura. Essa pessoa não te conhece mesmo! Enfim, coisas da vida... Beijinhos grandes**

Alexandre Correia said...

Olá Li,

Desculpe a intromissão, mas esta sua confissão, de declarações de não-amizade e de amor não consentido é incrível. A vida, a minha, a sua, a de tanta gente, está cheia de uma coisa e de outra. Perder um amigo, naquele sentido em que somos nós que decidimos desligar-nos de alguém a quem nos dedicávamos, é sempre duro, pois significa que descobrimos que não valeu a pena essa dedicação, que foi tudo em vão, não interessa o que foi. Mas aprenda uma coisa importante para viver bem: passamos a nossa vida a participar na vida de outros, por vezes até de pessoas — como na realidade é este caso — perfeitamente desconhecidas, mas que por algum motivo, ou até nenhum, apareceram e não nos foram indiferentes. E é tão triste quando sentimos, como a Li deixa transparecer, que não valeu a pena a amizade que dedicou a alguém...
A frase de Myles Munroe que encerra o seu blog é linda. De tão verdadeira. E a Li, segue esse princípio?...

Um beijo,

Alexandre Correia

Alexandre Correia said...

Olá outra vez...

Já não fui a tempo de travar o dedo e clicar na tecla para publicar o comentário anterior, mas queria só acrescentar outro que uma frase sua me despertou: não há destruídoras de lares, nem a vida é assim tão fácil de controlar que baste dizermos que não e fica tudo resolvido na nossa cabeça. Era bem melhor, porque evitávamos algum sofrimento, mas tornavamo-nos demasiado racionais e nunca mais teríamos o prazer de sentir o que é a paixão. Sabe, quando todos os dias parecem correr melhor, quando até nos sentimos mais leves, quando olhamos vezes sem conta para o relógio, quando sentimos que não conseguimos controlar as emoções? É delicioso. Mas quando um lar se destrói é porque a construção não estava bem. Se calhar, precisava de uma remodelação que nunca foi feita a tempo e às tantas tornou-se incomportável continuar naquela casa e mudou-se de casa. E muitas vezes não se deixa a casa onde estamos sem a garantia de termos outra que nos abrigue. Isto é uma verdade tão masculina, quanto feminina. Faz parte da nossa condição humana. Como o amor e a enorme incompreensão que arrasta consigo. O amor, claro, não a Li, que ainda não a conheço o suficiente para achar se já começou a compreender.

Um beijo,

Alexandre Correia

PS - Destruídora de Lares soa-me a matadora. Conheço o género. Nunca fui adepto. Mas já mudei várias vezes de casa...