Oct 28, 2008

yesterday



i opened my mind to new things.

Oct 23, 2008

tempo



há períodos na nossa vida em que precisaríamos de mais tempo. mais tempo para trabalhar. mais tempo para falar e estar com os amigos. mais tempo para dormir.

deveríamos poder "esticar" as horas do dia. e quando viesse o tempo de calmarias, poder voltar aos dias de 24 horas.

plágio



faço minhas as palavras dele

"das mulheres diz-se que não sabem o que querem. dos homens também. a diferença está nas razões. as mulheres é porque querem várias coisas ao mesmo tempo e perdem-se no imensidão das imagens perfeitas e contraditórias que vivem dentro delas próprias, e das quais procuram reflexos na vida cá fora. os homens é um caso muito mais simples. os homens é porque, de facto, com toda a franqueza, não sabem mesmo o que querem."

"em geral os homens são todos maus, em particular as mulheres podem ser todas más. em particular os homens podem ser todos burros, em geral as mulheres são vítimas dessa burrice ciclicamente (e o burro sou eu?). leia-se isto com leveza, não se procure aqui grandes rasgos filosóficos ou antropológicos. os homens são de facto seres bem menos interessantes que as mulheres. a mediania é a característica principal do macho enquanto que a originilidade extrema é a distinção da fêmea."

a morte em sonhos



sonho muitas (demasiadas?) vezes com a morte. com a minha, com a dos meus familiares mas nunca com pessoas fora desse círculo. until last night.
não gosto de sonhar com a morte de pessoas que me são próximas. não me importo de sonhar com a minha.

estou magoada com uma pessoa. por muitos motivos. mas mais motivos tenho para considerá-la "amiga". e mesmo os amigos magoam-nos.
esta noite sonhei com a sua morte. e não há palavras para descrever a dor que senti ao pensar que nunca mais a veria, que nunca mais falaria com ela, que nunca mais teria a oportunidade de lhe dizer: "também cometi erros. também fui estúpida. perdôo-te e espero que me perdoes."

é algo que nunca me perdoarei. nunca ter dito estas palavras ao meu avô antes de ele falecer. sei que os sentimentos estão nos actos e não nas palavras. mas o sentimento de culpa por nunca ter pedido perdão (às vezes por coisas pequenas e insignificantes) persegue-nos até à morte.

a amizade é em muito similar aos laços de sangue. os amigos são a nossa segunda família.

Oct 21, 2008

curiosidades & chocolates suíços


verdade que a suíça é famosa pelos seus chocolates (apesar de eu ter mais queda pelos belgas: guylian);


verdade que a suíça é uma confederação que se rege por três juridisções legais: a da comuna (ex. kleinbasel), a cantonal (basel-stadt) e a federal (suíça). as leis aprovadas em parlamento podem ser vetadas por um referendo federal (o que é para mim a verdadeira definição de "democracia").
verdade que cada cantão tem as suas leis e, por exemplo, o sistema educativo varia consideravelmente de um cantão para outro (i.e. de basel-stadt para zürich). o que leva muita gente a frequentar a universidade perto de casa. não existe numerus clausus excepto para o curso de medicina. o exame "especial" de entrada em medicina é (aqui em basel) um exame de cultura geral. o número de vagas é de 80 a 90.
verdade que a suíça (como país desenvolvido) foi dos últimos a conceder o direito de voto às mulheres (cantonalmente em 1959, federalmente em 1971 e o último cantão, appenzell innerrhoden, em 1990).
verdade que a suíça tem dois enclaves: büsingen que pertence à alemanha, e campione d'italia que pertence, tal como o nome indica, à itália.

verdade que existem muitas religiões oficiais (genebra e neuchâtel são os únicos cantões a não ter uma igreja oficial). verdade que não sei enumerá-las todas. verdade que sei que, em basel, a igreja oficial é a protestante (o que significa que não tenho muitos feriados cantonais).
verdade que os suíços germânicos pronunciam os "ch", "rr". ex: zürich = "dzurirre"
verdade que a capital federal suíça é berna e não genebra ou zurique.



verdade que, em 2005 e em resultado de um referendo federal, as uniões de facto (eingetragene partnerschaft) foram legalizadas: os casais homossexuais têm os mesmos benefícios que os casais heterossexuais, em termos de impostos, segurança social, rendas de habitação e seguros de saúde. contudo, continuam a não poder adoptar crianças, recorrer a tratamentos de fertilidade, nem adoptar o mesmo apelido.

verdade que o uso de drogas leves (ex. cannabis) não é legal mas é aceite. até há bem pouco tempo (2 anos?) existiam coffee shops que foram fechando gradualmente. falam em reautorizar legalmente o uso de drogas leves. e é verdade que vendem no supermercado ice-tea com extracto de cannabis (mas tal como nos sumos de fruta, o extracto de cannabis está numa percentagem irrisória).
verdade que para combater a criminalidade devido ao uso de drogas pesadas (infelizmente somente a heroína está contemplada por esta lei), os cantões aderiram à sua distribuição gratuita e tratamento por metadona. existe um centro aqui ao lado da universidade: todos os dias (e sob fortes disposições policiais - i.e. um securitas) vêm-se toxicodependentes à procura da dose diária. existem "salas de chuto" próprias e todo o material necessário é também fornecido pelo cantão. também é comum verem-se caixotes do lixo, perto de parques, com um contentor especial para seringas.

e estas foram as verdades de hoje. e garanto que não passaram de prazo de validade :)

red light district basel



descobri anteontem (para mal dos meus pecados) que existe uma mini-red light district aqui em basiléia.
digo "para mal dos meus pecados" porque essa mini-red light district fica a dois passos da minha casa.

já sabia que não morava na zona mais posh da cidade e já me tinha apercebido de um movimento anormal à volta desses prédios. (inicialmente) estranhei as luzes vermelhas e as luzes de natal às janelas (mas natal é todo o ano, certo?) e numa brincadeira com colegas meus disse-lhes que eram casas de meninas. mal eu sabia que tinha acertado na "mouche".

anteontem à noite (eram quase 23h00), a caminho de casa, fui abordada por um homem de meia-idade. perguntou-me algo (em suíço alemão) ao que lhe respondi "je ne comprends pas l'allemand". Ele imediatamente mudou para o francês (em bâle, muitas pessoas são bilingues) e perguntou-me, sem quaisquer rodeios onde era a casa de p****. (ele estava na dúvida entre qual dos dois prédios seria o melhor bordel - fazem frente um ao outro, e ambos estão iluminados festivamente). entrei primeiro em pânico para depois quase desatar às gargalhadas. disse-lhe que não sabia mas que muito provavelmente no pub da esquina saberiam indicar-lhe. pelo que virei costas e fui embora a passo rápido (para não dizer quase a correr).

Oct 20, 2008

"lost innocence" by eric stuart



i've been blessed and i've been cursed.
i've done my best and seen the worst.
i've been cruel and i've been kind.
i've followed rules and crossed the line.
i've been loved and i've been hated.
i've been trapped then liberated.
i've been bad and i've been good.
my words misread then understood.

lost innocence, trying to get back to where i used to be.
lost innocence, hoping that there's something waiting there for me.
lost innocence, have i even learned a single useful thing,
or have i lost, in a sense?

i've been strong and I've been weak.
i've learned to turn the other cheek.
i've been shown and I've been blind.
i've said my peace then changed my mind.
i've been lost and I've been found.
i've built things up then burned them down.
i've been wrong and i've been right.
i've saved the day then spent the night.

lost innocence, trying to get back to where i used to be.
lost innocence, hoping that there's something waiting there for me.
lost innocence, have i even learned a single useful thing,
or have i lost, in a sense?

i've been drunk and i've been sober.
i've tied one on and pulled one over.
i've been rude, i've been polite.
been right on time then missed the flight.
i've been sick and i've been well.
at heaven's gate and on the road to hell.
i've been smooth and i've been rough.
i've wanted more then had enough.

lost innocence, trying to get back to where i used to be.
lost innocence, hoping that there's something waiting there for me.
lost innocence, have i even learned a single useful thing,
or have i lost, in a sense?

have i lost innocence?

yes

freud, o deslocamento e o recalcamento




é na traumdeutung, “a interpretação dos sonhos” que freud apresenta a noção de deslocamento como um mecanismo essencial, ao lado da condensação, para a elaboração dos sonhos. mas em seguida, freud aplica-os à formação de sintomas, de actos falhos, de ironias, de esquecimentos e, claro, da obra literária. lacan, mais tarde, desenvolverá a equivalência do deslocamento e da metonímia, à condensação e à metáfora.

este conceito presta-se para esclarecer o leitor sobre a ligação profunda entre a teoria analítica e o trabalho literário. “a teoria do recalcamento é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da psicanálise” (freud). é ele que vai, primeiro pelo processo primário, em seguida pelo secundário (o que actua com a linguagem) estruturando a criança no seu corpo e na sua mente. o corpo e a fala da mãe vão criando no corpo da criança, não só uma estrutura das suas energias, ligações entre elas, mas uma vida mental, uma ligação dessas energias não apenas entre si, mas aos signos,aos símbolos, enquanto significantes da cultura. fala que se por um lado é consciente e materializa em sons, em produções do corpo, o que de incogniscível se passa nesse corpo, por outro lado é inconsciente da ligação a esse incogniscível. de facto os fenómenos linguísticos, os sistemas de significantes, a sua estrutura não surgem à consciência sequer nem sobretudo durante a sua aprendizagem. não se aprende a língua, aprende-se a falar. essa ligação faz-se assim ao nível das energias somáticas incogniscíveis que se ligam ou desligam. a língua aprende-se vive-se e desenvolve-se como uma elaboração colectiva, numa história inconsciente de processos de ligação dos corpos e entre os corpos que ela estabelece. mesmo o sábio em linguística não confunde os seus conhecimentos teóricos com a sua experiência de sujeito que fala e esta modifica-se muito pouco em função daquela.

é o recalcamento que permite este trabalho. mais do que negar a entrada no inconsciente, o recalcamento primário funciona quando o consciente ainda não está estruturado. mas não se exerce sobre a pulsão, antes sobre o seu representante, ele próprio inconsciente. e freud lembra que “somos levados a esquecer demasiado depressa o facto de que o recalcamento não impede que o representante da pulsão continue a existir no inconsciente, se organize ainda mais, dê origem a derivados, estabeleça ligações”.

o recalcamento secundário “só se dá quando existe já uma cisão marcante entre actividade mental consciente e inconsciente.” O recalcamento afecta os derivados mentais do representante (da pulsão) reprimido ou associações de pensamento e é feito por esse representante inconsciente. assim a cultura é um derivado, uma elaboração distante desse recalcado primitivo. Mas é mais do que isso. corresponde à criação de uma estrutura que permite:
1. que o recalcado seja estruturado segundo um modelo social, colectivo e que assim os derivados possam ter a ver uns com os outros, ligar-se.
2. que o recalcamento seja eficaz, duradouro. ao dirigir-se não à pulsão, mas aos seus representantes, o recalcamento exige um exercício incessante. as regras da cultura – de parentesco, por exemplo – criam uma estrutura no inconsciente ao nível do recalcamento primário que facilita a tarefa posterior de recalcamento. essa estrutura, por ser “como a de uma linguagem” (lacan), encontra na fala o seu melhor e mais seguro representante.

a fala produz nos humanos um modo de consciência qualitativamente diferente. carrega consigo não só o que diz e reconhece no exterior e no interior – o consciente – mas também todas as energias que ela liga e que permanecem inconscientes. assim “a fala diz muito mais do que pensa ou quer dizer” (lacan). ela traz o sujeito. “o que fala no homem vai muito além da sua fala, penetra nos seus sonhos, no seu ser e mesmo no seu organismo”(lacan).

podemos agora perceber o que é o deslocamento: operação característica dos processos primários através a qual uma quantidade de afectos se desliga da representação inconsciente à qual estava ligada e vai ligar-se a uma outra que só tem com a precedente laços de associação pouco intensos ou mesmo contingentes. esta última representação recebe assim uma intensidade de interesse psíquico que excede o que ela deveria receber, enquanto a primeira, desafectada, é assim como que recalcada. este deslocamento encontra-se em todas as formações do inconsciente. na interpretação dos sonhos, encontramos o seguinte exemplo: “os pensamentos do meu sonho, explica freud, eram injuriosos para r.; para que eu não o note, são substituídos pelo seu oposto, a ternura”. dá também exemplos do quotidiano: o apego de uma solteirona por animais, a paixão de um solteirão pelas suas colecções, o ardor do soldado na defesa de um bocado de pano colorido, a bandeira, a fúria de othello por um lenço perdido.

assim, de cada vez que um elemento psíquico está ligado a outro por uma associação chocante ou superficial é porque há entre os dois um laço natural e profundo submetido à censura. há uma deslocamento, uma passagem duma associação normal e séria a uma associação superficial e de aparência absurda.



[in
sigmund freud, le rêve et son interprétation (1900);
r.de j., o recalcamento (1915);
j. lacan, le seuil (1966).
]

recalcamentos et al.



f. said... "mas que se passa!? isto desde há uma semana e tal que isto tem vindo a ser um blogue de posts que reflectem pequenas fugas nas barragens dos recalcamentos! qualquer dia rebentas!"

"pulsões são impulsos energéticos. é um processo dinâmico que nasce no inconsciente que leva o organismo em direcção a um fim, uma tendência para agir, para resolver uma dada tensão orgânica. esta orienta a pessoa para determinados afectos, mentalizações e comportamentos. ora, o comportamento é orientado pela tendência do organismo em reduzir a tensão. as pulsões podem ser recalcadas ou sublimadas conforme o super ego de cada um. o super ego é como uma censura que separa o inconsciente do consciente e representa a sociedade. como na sociedade há regras/leis, é impossível deixar as pulsões passarem o super ego e essas pulsões são então recalcadas. quando existe o recalcamento é provável ocorrer frustações no indivíduo. essas frustações terão um impacto negativo no indivíduo que terá problemas consigo próprio. [...] mas as pulsões não são só recalcadas, são também sublimadas, ou seja, o indivíduo satisfaz o desejo do inconsciente através de métodos aceites pela sociedade, como o amor. a sublimação é a satisfação da pulsão sem repressão.."
[in wikipedia]

é a minha forma de ver o mundo. recalcada me confesso. procuro a sublimação através da "escrita". até conseguir ver um dia as coisas/pessoas mudarem.

limits



o número de idiotas que cruzam o nosso caminho deveria ser limitado.

Oct 19, 2008

nem de propósito



esta notícia no jn online.

may suit some people i know.

"heartbeats" by josé gonzález



one night to be confused
one night to speed up truth
we had a promise made
four hands and then away

both under influence
we had a divine sense
to know what to say
mind is a razor blade

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

one night of magic rush
the start a simple touch
one night to push and scream
and then relief

ten days of perfect tunes
the colors red and blue
we had a promise made
we were in love

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough

and you, you knew the hand of the devil
and you, kept us awake with wolves teeth
sharing different heartbeats
in one night

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough

best before



as verdades são como os iogurtes. têm prazo de validade.

Oct 17, 2008

what not to do...

in a lab.



falemos hipoteticamente de uma pessoa assexuada - sem género determinado - isto para não ser acusada de denegrir (novamente) o sexo masculino.

esta manhã, a dita pessoa "assexuada" teve a excelente ideia de evaporar um solvente, recorrendo para o efeito a um rotavap. procedimento normal para pequenas quantidades e determinados solventes. problem is que a pessoa "assexuada" teve a ideia de génio de o fazer para uma quantidade anormal de solvente. e o solvente em questão ser amoníaco.

o nosso piso ficou repentinamente envolvido em vapores de amoníaco. olhos vermelhos, gargantas irritadas, fortes dores de cabeça. abrimos rapidamente as janelas. os sintomas foram atenuando-se. e o ambiente ficou "gélido". pelo ar fresco que vinha do exterior e pela incredibilidade frente à imbecilidade dessa pessoa "assexuada".

e assim começa o meu fim-de-semana.

[segundo wikipedia: the u.s. occupational safety and health administration (OSHA) has set a 15-minute exposure limit for gaseous ammonia of 35 ppm by volume in the environmental air and an 8-hour exposure limit of 25 ppm by volume. exposure to very high concentrations of gaseous ammonia can result in lung damage and death.]

Oct 16, 2008

male chauvinist pig(s)



ontem à tarde, na praktikum (a caloiros em ciências farmacêuticas), um dos assistentes decidiu implicar com uma das alunas porque esta não estava a usar os óculos de protecção (ela não estava a manipular nenhum reagente, mas sim a fazer cálculos). ele dirigiu-se a ela, de uma forma grosseira e desrespeituosa, envergonhando-a na frente do resto da turma. e a miúda desatou a chorar.

a atitute/resposta dele?

"that's for this and other reasons that women should stay at home and stick to what they know: take care of their house and husband."

e o bastardo/mentecapto ainda teve a lata de expulsar a miúda da sala.
e não foi surpresa descobrir que os outros assistentes (todos do sexo masculino) nada fizeram para impedir isto!

a falsidade dos homens



recebi um email despropositado por causa de recorrer aos serviços de documentação da ucd e uminho.

no dia seguinte, recebo este email:
"i am trying to locate the article cited below in current topics in medicinal chemistry. somehow, i cannot find it in nebis. maybe you can locate the article?
many thanks.
t.
"

os homens não sabem o que querem. ou tudo é fachada e/ou falsidade?

Oct 14, 2008

"this piece of poetry is meant to do harm" by the ark



in shortbus soundtrack

no comments



lêem esta notícia no público online: EUA: supremo tribunal recusa último recurso apresentado por troy davis

e assinem o pedido de clemência na página da amnistia internacional

shortbus



não faria mal nenhum a certas pessoas ver este filme. sempre aprenderiam algo sobre sexo, sexualidade e relacionamentos.

je n'aime pas...

qu'on me marche sur les pieds!




após ter recebido um email do meu prof. com 3 artigos científicos (pelos quais ele pagou) e após ter-me apercebido que tinha acesso aos mesmos artigos gratuitamente (usando "outras vias") enviei este email ao grupo:
"hi guys,
if you're looking for a paper, i still have access to ucd (university college dublin)
and uminho (universidade do minho) libraries. i've discovered that i can find many
papers (for free) combining these two libraries and unibas.
so if anyone wants a "special" paper not available at unibas, i can always try on the
other 2 - no fee required.
e.
"

pelo que o meu prof. respondeu:
"e.
although interesting in principle, it is illegal and thus would prefer if people ordered the articles via nebis
t.
"

não podia deixar as coisas assim e esclareci o assunto:
"that's not illegal. i'm still enrolled at ucd and i'm enrolled as a former student at uminho.
e.
"

não recebi mais nenhum email dele mas em contrapartida os meus colegas passaram o dia a dizer-me "t'as eu du culot de répondre au chef..."

uma coisa que prometi a mim-mesma quando saí da irlanda: nunca mais deixar que me pisassem os calos. custe o que custar. e isto aplica-se ao j. e a outros.

Oct 13, 2008

para uma boa gargalhada

ler a seguinte notícia no expresso online:
"o sexo envelhece"

gostei do comentário de um leitor: "e de que lhe vale viver tanto... se morre estúpida?!"

break

it's good to have friends who pull you off of work and get you to chillout for a while, leaving all your worries and concerns behind...

Oct 12, 2008

vida de estudante

o meu fim-de-semana:



50 espectros - descobrir 170 picos. óptimo exercício para quem gosta de quebra-cabeças.


nota. vou precisar de óculos novamente...

Oct 10, 2008

a queda de um anjo

quando uma mulher se entrega de corpo e alma às mãos de um homem

visible body



para todos os interessados em anatomia humana - numa visão mais "científica" do que "física": visible body

enough



qual é a diferença entre "mentir" e "omitir"?
é melhor omitir e deixar a outra pessoa acreditar na sua própria versão/interpretação dos factos, ou mentir para ocultar a verdade?
a verdade magoa, mas a mentira/omissão magoa ainda mais. certo que omitindo a outra pessoa não está a inventar/alterar factos - simplesmente não conta - deixando espaços por preencher. é, à outra pessoa, de entender e ler nas entrelinhas. e muitas das leituras e interpretações dependem da nossa bagagem. vemos, lemos e interpretamos o que queremos. muitas vezes à nossa conveniência.

e quando subitamente nos deparamos com uma ponta de verdade - mais uma vez deixada transparecer mas não dita de forma clara - cai por terra tudo aquilo em que acreditávamos ou pensávamos...

e quando a pessoa que nos oculta algo pede-nos para sermos um livro aberto, não nos deixando margem para o nosso "jardim secreto" ou mesmo para as nossa próprias omissões? e quando essas mesmas "omissões" (não querer contar algo que nos é pessoal, não é uma omissão) são chamadas (erroneamente) de "mentiras"?

é fácil para certas pessoas manter o distanciamento, mantendo sempre uma certa proximidade, exigindo verdades mas ocultando as próprias - rédea solta, mas não muito. não vá a outra pessoa virar a página.

interesses pessoais.

quem é o/a mentiroso/a na estória?

Oct 9, 2008

you know you've worked too long in the lab when



1. you wonder what absolute alcohol tastes like with orange juice
2. you can tell what cheap and expensive white coats look like
3. you can't watch CSI without cursing at least one scientific inaccuracy
4. you use acronyms for everything and never stop to elaborate

5. liquid nitrogen is only about a 1/3 as dangerous as you thought
6. you always seem to use the microscope after the person with the impossible close together eyes
7. accident reports are a badge of honor
8. you've wondered why you can't drink distilled water in the lab - it should be clean?
9. you give the lab equipment motivational pep talks "work for me today or i'll reprogram you with a fire axe" is my favorite
10. you've worked out that a trained chimp could probably do 90% of your job
11. a non-scientist asks you what you do for a living you roll your eyes and talk science at them until they've loss the will to live (mainly for fun)
12. you have to check the web to find out what the weather is outside
13. you realize that almost anything can be classed as background reading
14. people wearing shorts under a lab coat disturb you slightly as they look as though they might be naked underneath
15. although all cooking is a glorified chemistry experiment you just still can't seem to get it right
16. safety equipment is optional unless it makes you look cool
17. warning labels invoke curiosity rather than caution
18. the christmas nightout reveals scientists can't dance, although a formula for the movement of hands and feet combined with beats per min is found scrawled on a napkin by a waiter the next day
19. you know which part of the lab you can chill out undisturbed on friday afternoon
20. you decide the courses and conference you want to go on by the quality of the food served
21. you are strangely proud of the collection of junk you've stolen from vendors at trade shows
22. you've used dry ice to cool beer down
23. no matter what the timings in the experiment protocol there is always time for lunch in the middle
24. you can no longer spell normal words but have no trouble with spelling things like immunohistochemistry or deoxyribonucleic acid.
25. burning eyes, nose and throat indicate that you haven't actually turned on the fumehood/downdraft bench nor used the goggles or mask for that matter.
26. your slightly too fond of the smell of (pick one or many) xylene/agar/ethanol/undergraduates/alcoholic handwash
27. you've left the lab wearing a piece of PPE (personal protective equipment) because you forgot you had it on
28. you bitch about not being able to pipette by mouth any more (not me but i've worked with people who do!).
29. security come round at 2am wondering why the lights are still on only to find you with your arms up to your elbows in a glovebox
30. you have made some kind of puppet out of a nitrile glove and kept it as a pet (putting dry ice in makes for a rapidly expanding if short lived pet).
31. when at a fall out boy gig you wonder why everyone is going round with faecal occult blood (FOB) written on their head!!!!
32. you have an irresistible urge to rip your shirt off superman stylie cos it has press stud fasteners just like your lab coat... most often occurring as you walk through a door just like exiting the lab... (the worlds of strippers and lab workers collide, not pretty).
33. you still get amusement out of "freezing" things in liquid nitrogen and dry ice mixed with ethanol!
34. blinking real fast has saved your eyesight on more than one occasion.

35. you've removed your gloves to find a small hole which has left you with either - wrinkly old person hands, a brightly coloured finger (histologists especially) or a burning sensation and dermatitis and some point.
36. you've bent down to pick something up off the floor only to scatter the contents of your top pocket under the largest machine in the lab - common problem i believe
37. you rejoice when grabbing a handfull of eppendorfs/tips/anything and it turns outs to be the exact number you needed
38. you can't wait for lab clean-up coz you get to do random pointless "experiments" to figure out whats in all the dodgy unlabeled bottles (sniff test is a bit of a gamble)
39. you hate having to change your lab coat to a new one because 'it just won't fit right' and because the wrist bits are way too tight.
40. you know you have worked in a lab too long when you actually threaten your cells whilst waving a bottle of virkon.
41. your nose invariably itches when you're doing mucky stuff with your hands so you develop the habit of scratching it on your upper arm. unfortunately you sometimes carry this habit over to real life, where it looks like you're sniffing your armpits (trying to find a clean bit of lab coat can be fun as well)
42. as the senior of morphology you threaten each new registrar on their first day that oil and x10 dry objectives do not mix and will result in violence.
43. you say goodnight to your microscope on a friday night and tearfully hug it goodbye as you won't see it all weekend.
44. you start making patterns in your pipette tip box as you take the tips out. you could have been an art student...
45. you wonder how much it will hurt if you pour just a smidge of this phenol: chloroform/trichloroacetic acid/any random chemical on yourself (best try it out on some one else first - an undergrad?)
46. you've seen how far away you can hit a target with a squirty water bottle or seeing how far away from the bin i can fire pipette tips. (pinging gloves is also fun).
47. the fire alarm ceases to bug you. you only evacuate when you see the fire. (hand on the floor to check for heat is a good indicator).
48. you make 6 litres of medium, but wonder why no one makes "high" or "low".
49. you organise your kitchen cupboard contents the way you would your chemicals..all labeled in alphabetical order.
50. when you've got that callus on the side of your thumb from opening PCR tubes.
51. you open the toothpaste with one hand.
52. you wash your hands before and after using to the washroom.
53. you hear tween, you think of the surfactant not the "twins".
54. for you, media is something which increases your culture.
55. you can identify organs on road kills.

56. you have a callus on your thumb.
57. you use the word "aliquot" in regular sentences.
58. sometimes you momentarily vanish from social activities because of a time point.
59. you've never worn a clean lab coat.
60. you don't fear rodents, rodents fear you.
61. you say "orders of magnitude" in regular sentences.
62. you flinch when you hear the word "significant".
63. showing up at 10am and having a coffee is a productive day.
64. you can't stand god-like physicians, while secretly wishing you had their job.
65. you're very good at diluting things. specially money...
66. you're also very good at transferring small amounts of liquid between containers.
67. you are fed up of people saying alcohol, when they mean ethanol.
68. you say “conjugation” instead of “sex”, and "pili" sounds dirty.
69. SOB is not an insult; it's what you grow your bugs in.
70. you say "mills" and "megs".
71. no-one in your family and friends has any idea what you do.
72. you can make a short film in power point.
73. you consider a green laser pointer to be science bling.

74. your fruits go bad and you get fruit flies, you can't help but check their eye colour.
75. you own invitrogen t-shirts and actually wear them.
76. you refer to your children as the F1.
77. you've suffered carpal tunnel from the pipetman.
78. you've used kimwipes as kleenex.
79. a timer clipped to the hip is not only practical, but dead sexy.
80. you've played battleship using tip boxes.
81. the front page of Science is your light reading.
82. you think the following is a quality insult: "i've seen cells more competent than you!".
83. the scent of latex reminds you of work, not play.
84. you've used, "i'd like to get into your genes" as a pickup line.

nota. os negritos são os pontos nos quais me revejo. os itálicos são comentários meus. o n.°71 acho que é o ponto mais comum nos cientistas.

para o f.

não aconselhado aos mais sensíveis nem "pós-pequeno-almoço"...



nota. um filme sobre dissecção é bem mais interessante do que uma simples foto sobre neurocirurgia :)

Oct 8, 2008

frase do dia



if a is a success in life, then a equals x plus y plus z.
work is x; y is play; and z is keeping your mouth shut.

by a. einstein

Oct 7, 2008

as maravilhas da genética

já era fã dos progenitores. depois de ter a prole como companhia de viagem de bâle para migennes, fiquei rendida.



sugestão para prenda de anos/natal: "comme un manouche sans guitare" - thomas dutronc

"douce france" by charles trenet



dédiée à mes soeurs :)

Oct 3, 2008

de volta às origens

vou de fim-de-semana para migennes. ver o meu papás. planos? um pouco de ltc do papá e muita comidinha da mamã :)



schóns wuchenánd (em high german, schónes Wochenende)

Oct 2, 2008

"a year in the merde" by stephen clarke



aqui falei deste livro. reli-o, de forma a refrescar a memória e iniciar a leitura dos outros dois volumes ("merde happens" e "merde actually").
porque é um livro light e cómico. porque faz bem à alma rir.

fica aqui um cheirinho do que podem encontrar:
septembre: never the deux shall meet
why the french distrust all english-speakers, and more particularly anyone who can't speak french (for example, moi)

octobre: one foot in the merde
i visit different parts of paris touristy and less so, treading in plenty of dog-poop, literal and metaphorical.


novembre:
make yourself chez moi
looking for an apartment. the garret myth-shared hole-in-the-floor toilets are "romantic"?

décembre: god save the cuisine
with my palate attuned to french cuisine, i try my best to get nostalgic about british food.

janvier: a maison in the country
i discover the EU-subsidized quaintness of rural france and decide to buy suspiciously cheap cottage.


février:
make amour, not war
tensions as the iraq looms. meanwhile, a girl tries her best to turn me into a latin lover with an intensive course in french sexual traditions.

mars: the joy of suppositories
i explore france's widly generous medical system, and even try out typical french "treatment by the back door"


avril:
liberté, égalité, get out of my way
i find that the french are secretly quite fond of english-speakers after all. this is especially true of the exotic florence.

mai: 1968 and all that
with countless long weekends, holiday allowances to be used up and the inevitable strikes, the french know that if you haven't finished your year's work by may 1, you're in the merde.


nota. aconselho a leitura em inglês - muitas das piadas devem perder-se nas traduções.

mudanças



bati o meu record pessoal. a mais curta permanência numa casa: duas semanas.
quando cheguei a basel, permaneci as 2 primeiras semanas num b&b - situação temporária até o meu estúdio, numa habitação universitária, vagar. 2 dias antes do "déménagement" fui ver o exterior do prédio. no momento, a minha reacção foi: "quanto tempo vou aguentar-me?".
quis o destino que um post-doc da china, com um contrato de um ano, à procura de um lugar para residir barato e perto da universidade, estivesse interessado no meu crapy estúdio. vi nisto um sinal dos deuses, e despachei-me na procura de um novo poiso.

rapidamente encontrei um novo estúdio, mais ou menos dentro dos meus elevados requisitos. i.e. pouco mais caro do que o anterior e completamente remodelado :) e ainda tive o regalo da ex-inquilina (portuguesa de regresso à terra-mãe) me ter deixado os móveis dela e mais algum recheio.

mudei-me, mais uma vez, de malas e bagagens.
já me pareço com a j. (a tartaruga da minha mana p.) - sempre de casa às costas :)

o único down neste novo apart (há sempre downs quando a renda é baixa) são as obras de requalificação do bairro e da linha de tram (n.°11, lembram-se?) - e as obras começam cedo, cedo, cedo...
- pas de grasse matinée pour moi, ça c'est sûr!