...igual.
today's world is not a man's despotism anymore. parce que les hommes ne sont plus entourés ni par des putes, ni par des vierges et ni par des soumises.
Feb 28, 2010
Feb 27, 2010
"take me out"
...by franz ferdinand.
so if you're lonely
you know i'm here waiting for you
i'm just a crosshair
i'm just a shot away from you
and if you leave here
you leave me broken
shattered, i lie
i'm just a crosshair
i'm just a shot, then we can die
i know i won't be leaving here
with you
so if you're lonely
you know i'm here waiting for you
i'm just a crosshair
i'm just a shot away from you
and if you leave here
you leave me broken
shattered, i lie
i'm just a crosshair
i'm just a shot, then we can die
i know i won't be leaving here
with you
Feb 25, 2010
you are
...dirty-minded.
am i the only one who can see something malicious in these two sentences?
"rapamycin (green balls) buries its hydrophobic parts in the hydrophilic pocket of..."
para que não fiquem dúvidas, estamos a falar de ciência.
Feb 24, 2010
bela
...analogia!
"uma campanha publicitária pelos direitos dos não-fumadores defende que fumar é como ser obrigado a fazer sexo oral."
in expresso online.
acho que percebi mal! "fumar é como ser obrigado a fazer sexo oral". hein?!
ninguém é obrigado a fumar. quanto a fazer sexo oral, bem isso depende de cada um, mas se esse for o caso, então é porque algo está errado na relação. ou então receba dinheiro em troca do favor. no mínimo!
segundo o génio que pariu esta fantástica campanha (o publicitário) a mensagem é: "o tabaco é uma submisssão. ora no colectivo imaginário, o sexo oral é o símbolo perfeito dessa submissão." (sic)
of course, a posição "ajoelhado frente a alguém" sugere realmente submissão. é pelo menos esse um/o significado da genuflexão frente ao cristo cruxificado nas igrejas católicas...
agora fica no ar a dúvida quanto a ter um adolescente, em genuflexão (submisssão), de cigarro na boca, e a mão de um adulto (?) sobre a cabeça... pedofilia, maybe?
e isto vindo do lado des français... c'est une blague, non?
p.s. a mim só me ocorre uma coisa: nada melhor do que um cigarro depois de....
Feb 23, 2010
engenheira
...vs engenhoca.
de quando em vez, as pessoas ficam "confundidas" com as minhas competências (em relação às minhas funções e não à minha capacidade de resolução de determinados problemas) e vejo-me obrigada a vestir a pele de um herói de uma série televisiva dos anos 80. go figure!
Feb 22, 2010
Feb 20, 2010
click
...chemistry.
quimicamente falando, click chemistry é uma filosofia desenvolvida por sharpless (prémio nobel de química, 2001) e descreve a química como ferramenta para gerar substâncias quickly and reliably unindo pequenas unidades até a formação de outras de maiores dimensões (e.g. a junção de cadeias de α-aminoácidos para formar péptidos e a consequente junção de péptidos para formar proteínas).
socialmente falando, click chemistry é a química atracção/repulsão que sentimos por determinada(s) pessoa(s). quando conhecemos pela primeira vez uma pessoa, automaticamente tiramos-lhe uma radiografia - física e psicológica. e dependendo do resultado dessa "radiografia", sentimos ou não afinidade/empatia por ela.
presentemente, o meu grupo de trabalho é constituído por 15 pessoas. dessas 15 pessoas, mantenho uma estreita amizade com 2, uma relação de quasi-amizade (ultrapassou a barreira do strictly professional relationship) com outras 6, uma relação cordially friendly com 5 e uma relação "sai-da-minha-frente-tu-me-tapes-sur-les-nerfs" com o meu colega italiano.
quando estava na irlanda, havia, no instituto, uma sueca sempre sorridente, sempre eufórica, sempre muito bem-disposta. e a personalidade dela chateava-me. não a conheci como pessoa, i.e. não sabia quase nada da vida privada dela, muito porque a atitude dela repulsava-me. afastei-me porque toda aquela boa-disposição e euforia enjoavam-me.
o mesmo acontece com o meu colega italiano. é uma pessoa sempre de sorriso colado aos lábios, que fica especado a olhar para uma pessoa, que impõe a sua presença, que dá a sua opinião quando não lhe foi solicitada...
há algo nele que me deixa indisposta, que me deixa irritada. e não acontece somente comigo. outros membros do grupo se queixaram do mesmo.
não sou a pessoa mais sorridente e mais bem-disposta do mundo. sou sisuda q.b. tenho os meus altos e baixos. sou normal. sou humana. as pessoas que me rodeiam são como eu. temos dias bons e dias maus. baloiçamos entre ser sobre-humanos e simplesmente... humanos. e para mim é isso que conta. mostrar que cada dia é um dia. e quando uma pessoa não consegue deixar cair o véu, quando se esconde atrás de boa-disposição então só demonstra ser falsa. e desculpem-me por não querer hipocrisia à minha volta.
Feb 19, 2010
diplomacy
...vs veritá pura e cruda.
continuo com problemas de "comunicação" com o meu colega italiano.
em março, ele, o meu professor e eu vamos à uma conferência a graz (áustria). as ordens que recebemos foi: "cada um se desenrasca para ir até graz." isto é, comprem o vosso bilhete de avião individualmente, só têm de lá estar no final da tarde do 18 até a manhã do 21 (ficamos com a opção de ficar mais uns dias para sightseeing).
ok, como boa discípula que sou, segui a regra à letra - comprei o meu bilhete de avião, sozinha :)
claro que o meu colega não fez o mesmo e esteve à minha espera para comprar o vôo. dead wrong he was. ficou surpreendido quando o informei que já tinha adquirido a minha viagem e que ele tinha de se desenvasilhar sozinho. obviamente, s. exa quis saber o número do meu vôo para comprar o mesmo.
disse-lhe que preferia viajar sozinha. que detestava andar com "alguém às costas". era livre de apanhar o mesmo vôo, mas que não contasse comigo para fazer de babysitter, de guia turística, de tradutora, nem para faire le social com ele. que é cada um para si e que as conferências são para isso mesmo: alargar a lista de contactos, conhecer novas pessoas e trocar experiências e que não o quero sempre atrás de mim feito cachorro sem dono.
estranhamente, não ficou chateado comigo. simplesmente respondeu-me: "não percebo porquê, somos amigos."
já estava irritada com a presença dele (não sei explicar, mas há algo nele que me deixa com os nervos à flor de pele - possivelmente a boa-disposição dele, aquele sorriso que nunca se apaga, aqueles olhos inquisitivos...) e acabei por lhe dizer: "não sou tua amiga, sou tua colega de trabalho. nuance..."
mesmo assim, a mensagem não passou. e acho que vou ter de gramar a melga durante 3h40 na ida e 7h15 na vinda.
p.s. guto, se ainda lês este blog e ainda estás por munique (onde vou fazer escala), please, please, please, vem tomar um café comigo!
continuo com problemas de "comunicação" com o meu colega italiano.
em março, ele, o meu professor e eu vamos à uma conferência a graz (áustria). as ordens que recebemos foi: "cada um se desenrasca para ir até graz." isto é, comprem o vosso bilhete de avião individualmente, só têm de lá estar no final da tarde do 18 até a manhã do 21 (ficamos com a opção de ficar mais uns dias para sightseeing).
ok, como boa discípula que sou, segui a regra à letra - comprei o meu bilhete de avião, sozinha :)
claro que o meu colega não fez o mesmo e esteve à minha espera para comprar o vôo. dead wrong he was. ficou surpreendido quando o informei que já tinha adquirido a minha viagem e que ele tinha de se desenvasilhar sozinho. obviamente, s. exa quis saber o número do meu vôo para comprar o mesmo.
disse-lhe que preferia viajar sozinha. que detestava andar com "alguém às costas". era livre de apanhar o mesmo vôo, mas que não contasse comigo para fazer de babysitter, de guia turística, de tradutora, nem para faire le social com ele. que é cada um para si e que as conferências são para isso mesmo: alargar a lista de contactos, conhecer novas pessoas e trocar experiências e que não o quero sempre atrás de mim feito cachorro sem dono.
estranhamente, não ficou chateado comigo. simplesmente respondeu-me: "não percebo porquê, somos amigos."
já estava irritada com a presença dele (não sei explicar, mas há algo nele que me deixa com os nervos à flor de pele - possivelmente a boa-disposição dele, aquele sorriso que nunca se apaga, aqueles olhos inquisitivos...) e acabei por lhe dizer: "não sou tua amiga, sou tua colega de trabalho. nuance..."
mesmo assim, a mensagem não passou. e acho que vou ter de gramar a melga durante 3h40 na ida e 7h15 na vinda.
p.s. guto, se ainda lês este blog e ainda estás por munique (onde vou fazer escala), please, please, please, vem tomar um café comigo!
Feb 12, 2010
sports
...& music.
devido ao roubo do meu computador, fui obrigada a reconstituir a playlist do meu ipod. verdade que já andava há uns tempos para o fazer porque correr no treadmill ao som de jazz, well...
dizem que o ritmo da música altera o nosso ritmo cardíaco e realmente quem me viu nas máquinas de cardio esta semana, apercebeu-se da mudança no género de música que ando a ouvir. descobri que:
- les musiques de pétasses (madonna, black eyed peas...) são óptimas para a elíptica;
- as batidas de underground (born slippy), mia (paper planes), fatboy slim (right here right now), prodigy (firestarter) são para o slide stepper,
- e gorillaz, muse, the strokes podem ser apreciados tanto no tapete como no spinning.
outras sugestões são sempre bem-vindas.
devido ao roubo do meu computador, fui obrigada a reconstituir a playlist do meu ipod. verdade que já andava há uns tempos para o fazer porque correr no treadmill ao som de jazz, well...
dizem que o ritmo da música altera o nosso ritmo cardíaco e realmente quem me viu nas máquinas de cardio esta semana, apercebeu-se da mudança no género de música que ando a ouvir. descobri que:
- les musiques de pétasses (madonna, black eyed peas...) são óptimas para a elíptica;
- as batidas de underground (born slippy), mia (paper planes), fatboy slim (right here right now), prodigy (firestarter) são para o slide stepper,
- e gorillaz, muse, the strokes podem ser apreciados tanto no tapete como no spinning.
outras sugestões são sempre bem-vindas.
buzz
...off!
como se já não bastasse os facebook (ou en français fesses book), myspace, linkedin, twitter e c.ia lda, a google decidiu agora poluir o gmail com uma aplicação de networking social. a definição?
"uma merda incrustada no meu email, que eu não pedi nem subscrevi e que me deu uma trabalheira a desactivar!"
a minha sorte é que, como eu, milhares de pessoas sentiram-se ultrajadas por verem informações pessoais ser divulgadas a torto e a direito e a contactos seleccionados pela equipa google (desde quando terceiros podem escolher quem é ou não meu amigo baseado no número de emails que eu envio a determinada pessoa?!), e criaram de imediato fóruns de "como se ver livre do buzz, ou em inglês: buzz off!"
a todos que querem ver o ícono "buzz" desaparecer do gmail, aconselho a leitura deste artigo.
como se já não bastasse os facebook (ou en français fesses book), myspace, linkedin, twitter e c.ia lda, a google decidiu agora poluir o gmail com uma aplicação de networking social. a definição?
"uma merda incrustada no meu email, que eu não pedi nem subscrevi e que me deu uma trabalheira a desactivar!"
a minha sorte é que, como eu, milhares de pessoas sentiram-se ultrajadas por verem informações pessoais ser divulgadas a torto e a direito e a contactos seleccionados pela equipa google (desde quando terceiros podem escolher quem é ou não meu amigo baseado no número de emails que eu envio a determinada pessoa?!), e criaram de imediato fóruns de "como se ver livre do buzz, ou em inglês: buzz off!"
a todos que querem ver o ícono "buzz" desaparecer do gmail, aconselho a leitura deste artigo.
Feb 10, 2010
Feb 9, 2010
le corps humain
...et ses pipi, caca, prout.
os básicos da (sobre)vivência do ser humano são: comer, beber, urinar, defecar e fornicar (e não obrigatoriamente por esta ordem). depois, temos as variações relativas a cada uma destas "necessidades": com quem, quando, como, o quê, quantas vezes, etc.. e temos também as variações que resultam de combinações entre as 5 e que não vou aqui enunciar.
mas o que me intriga é o que certas pessoas comem e bebem. não estou a falar de comida ou bebida consideradas "normais", mas de sangue e secreções humanas. há pessoas que vão desde comer o próprio ranho até dejectos de outros, ou então beber sémen ou sangue, deles ou de outros.
no outro dia, uma amiga minha teve uma atitude um tanto ou quanto estranha (para mim, pelo menos). depois de enfiar um tampão, lambeu o dedo. ora, se pensarmos nisso, não há nada de anormal. é como chupar o dedo depois de um corte...
e este acto (tão natural para ela) levou-nos a uma longa e filosófica discussão sobre isso mesmo: quais são os limites na auto-descoberta do nosso corpo?
encontramos várias referências cinematográficas e televisivas sobre este assunto. por exemplo, em shortbus, james faz-se um self blowjob (admiro-lhe a elasticidade e perseverança) num filme que ele quer oferecer ao namorado;
na série sex&the city (possivelmente não é a melhor referência, mas é o que me ocorre neste momento), tem uma cena em que a miranda fica enojada depois de um amante a tentar beijar depois de lhe fazer um cunnilingus, e outra em que a samantha obriga o toy-boy a provar-se pois já não suporta fazer-lhe sexo oral devido ao seu sabor nojento.
and i could go on and on for hours, mas vou saltar directamente à conclusão:
como podemos pedir a alguém para nos fazer um fellacio ou um cunnilingus sem nos saborearmos a nós próprios antes? o à-vontade numa relação sexual não é baseado nessa simples regra? conhecer milimetricamente o nosso corpo, os nossos limites, as nossas virtudes e os nossos flaws, conhecer o "exterior" tão bem quanto o "interior"?
e quem instituiu que as nossas secreções são sujidades?
os básicos da (sobre)vivência do ser humano são: comer, beber, urinar, defecar e fornicar (e não obrigatoriamente por esta ordem). depois, temos as variações relativas a cada uma destas "necessidades": com quem, quando, como, o quê, quantas vezes, etc.. e temos também as variações que resultam de combinações entre as 5 e que não vou aqui enunciar.
mas o que me intriga é o que certas pessoas comem e bebem. não estou a falar de comida ou bebida consideradas "normais", mas de sangue e secreções humanas. há pessoas que vão desde comer o próprio ranho até dejectos de outros, ou então beber sémen ou sangue, deles ou de outros.
no outro dia, uma amiga minha teve uma atitude um tanto ou quanto estranha (para mim, pelo menos). depois de enfiar um tampão, lambeu o dedo. ora, se pensarmos nisso, não há nada de anormal. é como chupar o dedo depois de um corte...
e este acto (tão natural para ela) levou-nos a uma longa e filosófica discussão sobre isso mesmo: quais são os limites na auto-descoberta do nosso corpo?
encontramos várias referências cinematográficas e televisivas sobre este assunto. por exemplo, em shortbus, james faz-se um self blowjob (admiro-lhe a elasticidade e perseverança) num filme que ele quer oferecer ao namorado;
na série sex&the city (possivelmente não é a melhor referência, mas é o que me ocorre neste momento), tem uma cena em que a miranda fica enojada depois de um amante a tentar beijar depois de lhe fazer um cunnilingus, e outra em que a samantha obriga o toy-boy a provar-se pois já não suporta fazer-lhe sexo oral devido ao seu sabor nojento.
and i could go on and on for hours, mas vou saltar directamente à conclusão:
como podemos pedir a alguém para nos fazer um fellacio ou um cunnilingus sem nos saborearmos a nós próprios antes? o à-vontade numa relação sexual não é baseado nessa simples regra? conhecer milimetricamente o nosso corpo, os nossos limites, as nossas virtudes e os nossos flaws, conhecer o "exterior" tão bem quanto o "interior"?
e quem instituiu que as nossas secreções são sujidades?
Feb 3, 2010
a teoria
...robin hood.
conta a lenda que o fulano em collants e pena no chapéu roubava aos ricos para dar aos pobres.
conta a lenda "versão moderna do século xxi" que pessoas oriundas de países pobres (sem collants e sem pena no chapéu) emigram para países ricos com o mesmo propósito: roubar aos "ricos" para... enriquecimento próprio.
esta teoria não me pertence - foi a explicação que me deu m. depois da minha longa queixa sobre cette bande de racaille que pulula aqui na suíça.
dia 28 de janeiro, fui para genebra para o concerto do charlie winston (que tinha sido cancelado a 21 de novembro 2009). depois de ter trabalhado freneticamente durante as 3 horas de viagem de comboio sobre uma apresentação que (supostamente) tinha no dia seguinte, cheguei à estação onde ia encontrar a minha mana. uma rápida chamada para saber por onde ela andava e apesar de ter de esperar somente 5 minutos, decidi ir para a entrada da estação poluir os meus pulmões. mal pousei a mala, fui quase de imediato abordada por um fulano (que não falava nem francês nem inglês) a pedir-me lume (percebi quando ele tirou o maço de tabaco do bolso). estendi-lhe o meu isqueiro e ele fez questão que lho acendesse. deveria ter suspeitado. enquanto lhe acendia o cigarro, ele segurou-me nas mãos. não estava vento, o isqueiro não estava em risco de se apagar. foi uma sensação estranha. desconfortável. ele agradeceu-me com um aceno da cabeça e partiu. uma fracção de segundos depois, apercebi-me que o meu saco de viagem já não estava a meus pés. a minha reacção foi correr para a direita (por onde ele tinha ido) e parei autocarros, trams à procura da minha mala (beige e branca era fácil de reconhecer). nada. olhei à minha volta. nada. voltei para dentro da estação, telefonei à minha mana e fui correndo para o posto da polícia - que estava fechado e pediram-me para me dirigir ao posto de pâquis. encontrei a p. que já estava perto de 2 agentes e fomos acompanhadas até ao posto. olhei em redor, ainda com esperança...
computador portátil (pertencente à universidade), telemóvel (amigos, agradeço o envio via email dos vossos contactos...), roupas (algumas coisas com algum valor), os bilhetes do concerto, gone!
o agente foi de uma simpatia extrema - e as duas horas passadas no posto de polícia foram de certa forma divertidas: estava um fugitivo do hospital psiquiátrico (um habitué da casa) a dar show (presenteou-nos com uma sessão de fitness) e foi alvo de gozo por alguns agentes. mas fiquei sobretudo surpreendida pelo número de pessoas que passaram pelo posto. eram 19h, e havia de tudo um pouco: casa assaltada, carro roubado, carro vandalizado...
folheei 4 pastas cheias de fotografias. e nenhum dos fulanos era suíço ou de origem francófona (nem português for that matter). páginas e páginas de homens (30 - 35 anos) de origem magrebina ou de países de leste identificados por pequenas burlas.
após ouvir todos os detalhes dos quais me lembrava (1m70, cabelo liso, castanho escuro, olhos castanhos, estrábico, tez clara, vestido com um casaco longo preto, luvas pretas em pele...), uma descrição do momento do assalto (vol par astuce) e a longa lista dos objectos perdidos, o polícia confrontado com o meu desespero (e o da minha mana), telefonou à salle des fêtes de thônex e pediu que nos deixassem entrar sem bilhetes. e assim foi. fomos para o hotel deixar as "nossas" coisas e gozar de 2 horas de boa música. a cabeça não estava muito para festas, mas a noite acabou bem... mas isso, já é outra estória :)
no dia seguinte, regressei ao posto de polícia à procura de novidades (quantas vezes já escrevi neste blog que ia deixar de acreditar no pai natal?!). dei o número de série do computador e recebi um cartão para telefonar (durante um mês) para o "service cantonal des objets trouvés". ficamos um pouco à conversa com a agente e acabei por dizer o que muita gente pensa mas ninguém diz:
"se as pessoas vêm para um país de acolhimento para fazer merda então que regressem ao país de origem!"
podem me chamar extremista, racista, xenófoba, radical, o que for. mas sou filha de emigrantes. sou neta de emigrantes. sou irmã de uma emigrante. sou emigrante. o cadastro dos meus avôs, dos meus pais, da minha irmã, o meu: imaculados.
porque sabemos como nos integrar no país de acolhimento. os meus problemas, os problemas que eu tenho com o meu país de origem ficam em casa. não os trago para a sociedade e sobretudo não culpabilizo terceiros.
tanto sarkozy como berlusconi têm razão (e já concordava com eles antes disto me ter acontecido): se um emigrante comete um crime no país de acolhimento, tem de ser imediatamente repatriado e inscrito na lista negra da emigração. sou a favor do intercâmbio de pessoas entre países quando isso traz benefícios para todos.
mais foutre la merde dans un pays étranger, alors lá non!
conta a lenda que o fulano em collants e pena no chapéu roubava aos ricos para dar aos pobres.
conta a lenda "versão moderna do século xxi" que pessoas oriundas de países pobres (sem collants e sem pena no chapéu) emigram para países ricos com o mesmo propósito: roubar aos "ricos" para... enriquecimento próprio.
esta teoria não me pertence - foi a explicação que me deu m. depois da minha longa queixa sobre cette bande de racaille que pulula aqui na suíça.
dia 28 de janeiro, fui para genebra para o concerto do charlie winston (que tinha sido cancelado a 21 de novembro 2009). depois de ter trabalhado freneticamente durante as 3 horas de viagem de comboio sobre uma apresentação que (supostamente) tinha no dia seguinte, cheguei à estação onde ia encontrar a minha mana. uma rápida chamada para saber por onde ela andava e apesar de ter de esperar somente 5 minutos, decidi ir para a entrada da estação poluir os meus pulmões. mal pousei a mala, fui quase de imediato abordada por um fulano (que não falava nem francês nem inglês) a pedir-me lume (percebi quando ele tirou o maço de tabaco do bolso). estendi-lhe o meu isqueiro e ele fez questão que lho acendesse. deveria ter suspeitado. enquanto lhe acendia o cigarro, ele segurou-me nas mãos. não estava vento, o isqueiro não estava em risco de se apagar. foi uma sensação estranha. desconfortável. ele agradeceu-me com um aceno da cabeça e partiu. uma fracção de segundos depois, apercebi-me que o meu saco de viagem já não estava a meus pés. a minha reacção foi correr para a direita (por onde ele tinha ido) e parei autocarros, trams à procura da minha mala (beige e branca era fácil de reconhecer). nada. olhei à minha volta. nada. voltei para dentro da estação, telefonei à minha mana e fui correndo para o posto da polícia - que estava fechado e pediram-me para me dirigir ao posto de pâquis. encontrei a p. que já estava perto de 2 agentes e fomos acompanhadas até ao posto. olhei em redor, ainda com esperança...
computador portátil (pertencente à universidade), telemóvel (amigos, agradeço o envio via email dos vossos contactos...), roupas (algumas coisas com algum valor), os bilhetes do concerto, gone!
o agente foi de uma simpatia extrema - e as duas horas passadas no posto de polícia foram de certa forma divertidas: estava um fugitivo do hospital psiquiátrico (um habitué da casa) a dar show (presenteou-nos com uma sessão de fitness) e foi alvo de gozo por alguns agentes. mas fiquei sobretudo surpreendida pelo número de pessoas que passaram pelo posto. eram 19h, e havia de tudo um pouco: casa assaltada, carro roubado, carro vandalizado...
folheei 4 pastas cheias de fotografias. e nenhum dos fulanos era suíço ou de origem francófona (nem português for that matter). páginas e páginas de homens (30 - 35 anos) de origem magrebina ou de países de leste identificados por pequenas burlas.
após ouvir todos os detalhes dos quais me lembrava (1m70, cabelo liso, castanho escuro, olhos castanhos, estrábico, tez clara, vestido com um casaco longo preto, luvas pretas em pele...), uma descrição do momento do assalto (vol par astuce) e a longa lista dos objectos perdidos, o polícia confrontado com o meu desespero (e o da minha mana), telefonou à salle des fêtes de thônex e pediu que nos deixassem entrar sem bilhetes. e assim foi. fomos para o hotel deixar as "nossas" coisas e gozar de 2 horas de boa música. a cabeça não estava muito para festas, mas a noite acabou bem... mas isso, já é outra estória :)
no dia seguinte, regressei ao posto de polícia à procura de novidades (quantas vezes já escrevi neste blog que ia deixar de acreditar no pai natal?!). dei o número de série do computador e recebi um cartão para telefonar (durante um mês) para o "service cantonal des objets trouvés". ficamos um pouco à conversa com a agente e acabei por dizer o que muita gente pensa mas ninguém diz:
"se as pessoas vêm para um país de acolhimento para fazer merda então que regressem ao país de origem!"
podem me chamar extremista, racista, xenófoba, radical, o que for. mas sou filha de emigrantes. sou neta de emigrantes. sou irmã de uma emigrante. sou emigrante. o cadastro dos meus avôs, dos meus pais, da minha irmã, o meu: imaculados.
porque sabemos como nos integrar no país de acolhimento. os meus problemas, os problemas que eu tenho com o meu país de origem ficam em casa. não os trago para a sociedade e sobretudo não culpabilizo terceiros.
tanto sarkozy como berlusconi têm razão (e já concordava com eles antes disto me ter acontecido): se um emigrante comete um crime no país de acolhimento, tem de ser imediatamente repatriado e inscrito na lista negra da emigração. sou a favor do intercâmbio de pessoas entre países quando isso traz benefícios para todos.
mais foutre la merde dans un pays étranger, alors lá non!
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