...das surpresas! um padre que eu conheço. um padre que a minha família conhece. o padre que - salvo erro - uniu os meus pais... alguém me sabe explicar o porquê de tantos padres serem abusadores de crianças?
...talvez porque lhes está vedada uma vida sexual activa? Também não sei ao certo, até porque há demasiados tarados (e taradas também...) pelo mundo fora e só alguns é que são padres, mas uma coisa talvez explique esta visibilidade: os padres normalmente são figuras de respeito e acima de qualquer suspeita, pelo que se cometerem crimes deste tipo (ou de outro) mais facilmente conseguem iludir as aparências e manter-se livres. Por outro lado, as crianças são as presas mais fáceis do predadores sexuais, precisamente por serem crianças, por não conseguirem defender-se como um adulto, por vezes até por não compreenderem as agressões de que são vítimas, ou até por isso tudo e pela vergonha e medo de denunciarem os seus casos, pois frequentemente as vítimas acabam por ser ainda mais maltratadas, logo, preferem sofrer em silêncio, protegendo os seus agressores. Seja como for, permita-me lembrar-lhe uma expressão muito portuguesa: "Por morrer uma andorinha não acaba a Primavera". Eu até podia ser padre, se conseguisse abstrair-me de toda a riqueza e laxismo do Vaticano e das cúpulas da Igreja Católica, pois não consigo admitir que se peça em nome dos pobres para se viver na maior riqueza e com um mínimo de intervenção no que sucede pelo mundo. Mas não sou padre, nem seria porque isso implicaria interditar parte da minha vida. No entanto, tenho a certeza que nunca serei pedófilo, nem tolero quem o seja, ou até mesmo os consumidores de pornografia. Já viu, quem diria que eu me tornaria tão defensor da moral?
Beijo,
Alexandre Correia
PS - Descanse que eu não sou moralista. E aceite o meu conselho: desconfie dos moralistas; normalmente são os mais imorais! Mas não julge nem condene assim tão facilmente ninguém...
olá a., é sempre um prazer ler os seus comentários. e mais uma vez, obrigada pelas suas sábias palavras.
este post veio um pouco em seguimento a 2 outros posts sobre abusos sexuais sobre crianças por párocos, na rep. da irlanda.
abusar de crianças é algo que me ultrapassa. não percebo. nunca perceberei e acho que nem quero tentar perceber.
o que realmente me choca é que a pedofilia não é novidade. o marquis de sade (séc. xviii/xix) é o perfeito exemplo do connaisseur em matéria de abuso de jovens. mas se toda a gente sabe e/ou desconfia, se isto acontece nos eua, em portugal, na irlanda, em frança... porquê que não se tomam medidas? porquê que não liberalizam de uma vez por todas o casamento dos padres ou pelo menos anulam o voto de castidade (que pelos vistos, ninguém (ou quase ninguém) cumpre!)?
a instituição *igreja* é um antro de faux-culs, permissiva com aquilo que lhe convém, que apregoa regras que não cumpre. em vez de abusarem de pobres inocentes e viver às custas de pobres (financeira e espiritualmente falando), deveriam sodomizar-se uns aos outros e deixarem o mundo viver em paz.
Acredite que o prazer desta comunicação entre nós é recíproco. Quanto ao tema do seu texto, sem querer estar a ser o defensor do clero, até porque me estou nas tintas, reafirmo que não podemos julgar todos os padres pelos que são pedófilos, até porque esta opção sexual inaceitável não escolhe profissões. E estou convencido que eles já se sodomizam uns aos outros. Deviam era, como sugere, deixar o mundo viver em paz!
4 comments:
Olá Li,
...talvez porque lhes está vedada uma vida sexual activa? Também não sei ao certo, até porque há demasiados tarados (e taradas também...) pelo mundo fora e só alguns é que são padres, mas uma coisa talvez explique esta visibilidade: os padres normalmente são figuras de respeito e acima de qualquer suspeita, pelo que se cometerem crimes deste tipo (ou de outro) mais facilmente conseguem iludir as aparências e manter-se livres. Por outro lado, as crianças são as presas mais fáceis do predadores sexuais, precisamente por serem crianças, por não conseguirem defender-se como um adulto, por vezes até por não compreenderem as agressões de que são vítimas, ou até por isso tudo e pela vergonha e medo de denunciarem os seus casos, pois frequentemente as vítimas acabam por ser ainda mais maltratadas, logo, preferem sofrer em silêncio, protegendo os seus agressores.
Seja como for, permita-me lembrar-lhe uma expressão muito portuguesa: "Por morrer uma andorinha não acaba a Primavera". Eu até podia ser padre, se conseguisse abstrair-me de toda a riqueza e laxismo do Vaticano e das cúpulas da Igreja Católica, pois não consigo admitir que se peça em nome dos pobres para se viver na maior riqueza e com um mínimo de intervenção no que sucede pelo mundo. Mas não sou padre, nem seria porque isso implicaria interditar parte da minha vida. No entanto, tenho a certeza que nunca serei pedófilo, nem tolero quem o seja, ou até mesmo os consumidores de pornografia. Já viu, quem diria que eu me tornaria tão defensor da moral?
Beijo,
Alexandre Correia
PS - Descanse que eu não sou moralista. E aceite o meu conselho: desconfie dos moralistas; normalmente são os mais imorais! Mas não julge nem condene assim tão facilmente ninguém...
olá a.,
é sempre um prazer ler os seus comentários. e mais uma vez, obrigada pelas suas sábias palavras.
este post veio um pouco em seguimento a 2 outros posts sobre abusos sexuais sobre crianças por párocos, na rep. da irlanda.
abusar de crianças é algo que me ultrapassa. não percebo. nunca perceberei e acho que nem quero tentar perceber.
o que realmente me choca é que a pedofilia não é novidade. o marquis de sade (séc. xviii/xix) é o perfeito exemplo do connaisseur em matéria de abuso de jovens.
mas se toda a gente sabe e/ou desconfia, se isto acontece nos eua, em portugal, na irlanda, em frança... porquê que não se tomam medidas? porquê que não liberalizam de uma vez por todas o casamento dos padres ou pelo menos anulam o voto de castidade (que pelos vistos, ninguém (ou quase ninguém) cumpre!)?
a instituição *igreja* é um antro de faux-culs, permissiva com aquilo que lhe convém, que apregoa regras que não cumpre.
em vez de abusarem de pobres inocentes e viver às custas de pobres (financeira e espiritualmente falando), deveriam sodomizar-se uns aos outros e deixarem o mundo viver em paz.
Li,
Acredite que o prazer desta comunicação entre nós é recíproco. Quanto ao tema do seu texto, sem querer estar a ser o defensor do clero, até porque me estou nas tintas, reafirmo que não podemos julgar todos os padres pelos que são pedófilos, até porque esta opção sexual inaceitável não escolhe profissões. E estou convencido que eles já se sodomizam uns aos outros. Deviam era, como sugere, deixar o mundo viver em paz!
Beijo,
Alexandre
a notícia mais desenvolvida:
http://aeiou.expresso.pt/prisao-de-padre-luso-frances-acusado-de-pedofilia=f556693
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