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« - e o amor? - perguntei.
- não - respondeu -, ele não me amava. passava perfeitamente sem mim, sem o resto.
diz-se: falta-nos um só ser e o mundo fica despovoado, mas não é verdade. quando o mundo nos falta, de facto, ninguém pode repovoá-lo. eu nunca lhe repovoei o mundo, nunca. ele era como os outros, como tu, precisava de yokohama, das grandes aventuras, do cinema, das eleições, do trabalho, de tudo.
ao pé de tudo isso, o que era eu, uma mulher? »
in "o marinheiro de gibraltar"
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