bernd giese of the university of basel - department of organic chemistry.
amanhã teremos a resposta, mas o departamento anda eléctrico só com a possibilidade de ter um laureado. não será o primeiro prémio nobel da cidade de basiléia nem da universidade, mas será o primeiro do institut für chemie.
1 comment:
Olá Li,
Será que conseguimos viver bem sem prémios? Não, nunca os dispensamos. Enaltecem-nos o ego, mas acima de tudo são um sinal de reconhecimento pelo que fizémos. Ou deviam ser. Um prémio, neste sentido de prémios, entenda-se, é a recompensa, por vezes, dos esforços de uma carreira inteira. Por isso devemos ficar contentes quando alguém que conhecemos, alguém de quem gostamos, é nomeado para um prémio. Porque a própria nomeação já é, em si mesma, um prémio.
Mas depois da cerimónia, as luzes sempre se apagam. E nessa altura há quem já não consiga viver sem os holofotes a incidir sobre si. Então, é o sinal de que a vaidade tomou conta de mais uma alma. E há também aqueles que dizem sempre que gostam é de permanecer sempre na sombra; o excesso de modéstia também é vaidade.
Para tudo na vida, há um momento certo. O do nosso trabalho ser reconhecido é um dos mais importantes. Faz-nos sentir que tudo valeu a pena. Porque repararam que sim. Triste é quando as luzes se apagam de vez sem nunca termos subido a palco, depois de uma vida inteira a aplaudir na plateia quem nunca conseguiu ir tão longe como nós, mas conseguiu que reparassem nela. Um dos maiores desafios da vida é conseguirmos superar tudo isso e abstrair-nos absolutamente.
Beijo,
Alexandre Correia
PS - Não é uma questão de prezar muito a sua liberdade. Ambos sabemos muito isso. E conhecemos a palavra que o define. Mas não lhe digo assim.
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