Jul 30, 2007
Virose confirmada
Jul 27, 2007
Signo Astrológico
Elemento: Fogo, Mutável
Personalidade do Sagitário: "Brinca comigo" (quando era criança, costumava brincar sozinha... e continuo a gostar de estar só. Mas há jogos que são melhores a dois LOL)
"What happens in Boston, stays in Boston!" (Part VI)
"What happens in Boston, stays in Boston!" (Part V)
"What happens in Boston, stays in Boston!" (Part IV)
"What happens in Boston, stays in Boston!" (Part III)
Depois do almoço, comecei a ficar preocupada com as minhas colegas de quarto - nenhum sinal de vida. À tarde, tinha a apresentação do meu poster em conjunto com a Barbara. Ia a caminho do quarto quando a encontro à entrada do hall - cara de poucos amigos, a tremer como uma vara verde e pálida, quase a desfalecer. Lá fizemos a apresentação (7 pessoas no total visitaram o nosso poster - nada mal), fiz o meu networking (não, nada de one night stand!) e acabei por ir para o meu quarto descansar.
"What happens in Boston, stays in Boston!" (Part II)
Na manhã seguinte, fui (claro) a primeira a acordar e maldita a hora em que decidi ficar à espera da Helen e da Barbara (ficamos as 3 no mesmo quarto) - demoraram imenso a arranjar-se - só a colocação da maquilhagem demorou mais de 30 mins. Haja paciência! Agora compreendo os homens!
Dia de registo para a conferência, ida às palestras da manhã, almoço num centro comercial, ida às palestras da tarde - pausa à meio da tarde para.... COCKTAILS!!! Claro, eu tive de ser diferente e mantive-me pelo copinho de água e uma fatia de cheesecake - começaram logo com piadas e suspeitas de gravidez... Pois, se não bebo nada de alcoólico às 4 da tarde, é porque estou grávida! Pois! Lógico!?
Voltamos às palestras até ao final da tarde para depois ir jantar. Recepção numa das salas do hotel. Tal como na Irlanda, bebidas alcoólicas à descrição e somente umas amostras de comida. Ainda a sofrer de jet-lag e sem apetite, decidi declinar o "jantar". Tentei escapulir-me para o quarto para descansar, mas infelizmente, parece que é "anti-social" querer dormir. Fui arrastada para um pub com o resto do grupo. Após muita insistência para eu beber, decidi calá-los ao beber um RedBull. Fui gozada mais uma vez pela minha atitude "abstémica" e pelo facto de estar de braços cruzados - que, segundo o meu orientador, significa que não estou interessada em ser abordada por desconhecidos. O que não é mentira nenhuma.
Tive direito à aula completa sobre conferências - servem, obviamente, para ter uma visão mais abrangente sobre o que está a ser feito no campo da biotecnologia, mas também para trabalhar o "networking" e os "one night stands" (essa última, eu não sabia!). Depois de alguma observação ao meu redor, apercebi-me que não podia ser mais verdade...
Houve um professor que me disse que era muito sisuda, que precisava de relaxar e ser mais como a Una (que é carinhosamente conhecida como a "Crazy Icelandic Girl" no grupo). Só lhe respondi que já tinha idade para ter juízo.
Saí do pub, acompanhada do Damien e da Barbara (que mal se aguentavam de pé). À chegada ao quarto, a Barbara despejou o conteúdo do estômago e aterrou literalmente vestida na cama. Já estava meia adormecida, quando ouvi alguém a bater à porta do quarto. A Helen não conseguia enfiar a chave para abrir a porta do quarto (estamos a falar de um cartão magnético - basta introduzi-lo na ranhura et voilá: a porta abre!). Entrou a cambalear e caiu redonda na cama - vestida e calçada.
"What happens in Boston, stays in Boston!" (Part I)
Mas falando de coisas mais alegres...
Jul 25, 2007
LIVE FROM BOSTON AIRPORT
Jul 19, 2007
21st Annual Symposium of the Protein Society
De malas e bagagens aviadas para uma semana de conferências em Boston (Massachussets, EUA). Este mês de Julho voou - entre idas e vindas de Portugal e agora Estates, pouco tempo fiquei em Dublin... Admito que estou um pouco cansada de tantas viagens, sobretudo por não ter tido tempo para nada em concreto ;-) E quanto fiz algo em concreto, não tive tempo/disponibilidade/disposição para prestar a devida atenção. As minhas sinceras desculpas...
Bom, isto só para comunicar que vou "desaparecer do mapa" por uma semana, estando incomunicável até ao meu regresso a Dublin. Espero que sintam saudades minhas :-) e podem sempre deixar os vossos comments aos posts ou simplesmente uma mensagem para me relembrar que lá no "continente" (soa a João Jardim) ainda tenho alguém a preocupar-se comigo :-) (consigo ser tão narcisista, às vezes!!).
Jul 18, 2007
Motivation
Tenho cara de estrangeira?
Back to reality
Regresso a Dublin até ao Natal. Idas a Portugal quase todos os meses, por poucos dias e com pouco tempo para visitar amigos. Até a minha família se queixa da falta de atenção... O meu pai - na despedida no aerporto ontem - desabafou que ficar até Dezembro sem me ver era um longo período :-) ... Ficou prometida uma visita à França em Outubro para felicidade paternal!
É sempre bom voltar às origens, mesmo quando os problemas ainda estão à nossa espera - exactamente onde os deixamos. A minha vida não seria a mesma se não fosse esta roda viva de emoções. Queixo-me, mas acho que os meus problemas são a minha amarra a este Mundo. E quando soluciono um, aparece outro, outro e outro...
E penso: "Será que esta vida merece ser vivida?" Mas no dia seguinte, cá estou eu à espera de ver o que a vida me reserva...
Jul 11, 2007
"Le Cid" de Corneille
O dia seguinte
Jul 10, 2007
Noite branca
Jul 9, 2007
"Talking much about oneself can also be a means to conceal oneself."
Jul 8, 2007
Quando Nietzsche Chorou by Irvin D. Yalom
Jul 7, 2007
Friedrich Nietzsche
Be careful when you fight the monsters, lest you become one.
In heaven all the interesting people are missing.
In truth, there was only one Christian, and he died on the cross.
He who fights with monsters might take care lest he thereby become a monster. And if you gaze for long into an abyss, the abyss gazes also into you.
The man of knowledge must be able not only to love his enemies but also to hate his friends.
What is done out of love always takes place beyond good and evil.
What does not kill me, makes me stronger.
We are always in our own company.
There is always some madness in love. But there is also always some reason in madness.
When you stare into the abyss the abyss stares back at you.
To forget one's purpose is the commonest form of stupidity.
Janeiro - Março 2007
Por onde começar?? Pelo começo???
JANEIRO
Nada de especial: Uns cursitos para preencher os meus dias, trabalho de laboratório (arghhhh.... essa parte traz-me más memórias... A investigação tem a sua quota-parte de piada, mas quando nada funciona??!!! Acreditem que o ânimo leva cada bofetada!!!...). De resto, levei uma vidinha bastante “normal” (isto para não dizer banal): universidade – casa, casa – universidade... Tenho de acrescentar, que o tempo não foi mau... Estes Irlandeses e a mania que está sempre a chover cá... Ou terá sido S. Pedro a ter pena de mim e levou as nuvens para a Islândia e U.K?
FEVEREIRO – Primeira Visita/ Ida a Belfast
SSDD (para quem não leu “O Caçador de Sonhos” do Stephen King – significa "Same Shit, Different Day")... Same all, same all... Até ser presenteada com a visita da minha irmã Paula (vive na Suíça... Sim, sim, tenho uma família completamente (a)normal – estamos espalhados pelos 4 cantos da Europa).
Como boa anfitriã que sou e gosto de ser (a modéstia ficou em casa), decidi presentear a minha mana com uma visita à Irlanda do Norte, mais concretamente – Belfast. Tudo maravilhosamente bem organizado: bilhetes de autocarro de Dublin a Belfast directo, i/v; B&B reservado (via internet) de Domingo a Terça. Entusiasmo? 100% (apesar dos avisos da Una...).
A minha manuchka chegou a Dublin no sábado de manhã. Demos uma voltinha pelo centro da cidade à tarde e voltamos para casa para nos pormos (ainda) mais bonitas e... NOITE!!!! Levei-a ao único pub que conhecia (sim, “conhecia”, porque a esta hora já corri mais alguns – apesar de não estar bem certa da localização... porque será???), mas depressa nos fartamos de lá estar e então iniciamos um jogo engraçado chamado “Corre porta sim, porta sim, até encontrares o poiso mais engraçado”. Corrida às tascas (ideia da mana, não minha)!!! Bem... Paramos algures (não estou bem certa onde – apesar de lá ter voltado, não sei como...) e depois regressamos a casa para um descanso merecido!
Domingo: tudo preparado para uma grande jornada! Vê-se pelas fotos tiradas nessa manhã... Carinhas rosadas de felicidade! Atravessamos a verdejante ROI (Republic of Ireland) (repentinamente lembrei-me do poema de Camões – “Verdes são os Campos”...), e chegamos à assustadora grisalha Irlanda do Norte, após 3 hrs de autocarro – que passaram num instante: muita conversa pusemos em dia. O ânimo mantinha-se – há que ser optimista – e aquele primeiro impacte visual não nos assustou. O autocarro deixou-nos bem no centro de Belfast e apanhamos um “black taxi” para o nosso soberbo “hotel” – primeira “real” desilusão: fiz as reservas via internet (adoro as novas tecnologias – sou tão fashion e ultra-moderna!!!) – ok, as fotos do site tinham levado uma lavagem facial via Photoshop, de certeza!!! Jaessus!!! Devo ter um sério problema quanto à utilização correcta das palavras (lembram-se da última casa que fui ver: “luxurious”? Arghhhh, um esgoto tinha melhor aspecto do que àquele estúdio!!!) – aconteceu novamente o mesmo com este B&B (Bed&Breakfast): ok, ok... Admito, procurei o mais barato (€170 por 2 noites com PA incluído) – mas a Ryanair também é uma companhia low-cost e as viagens são agradáveis e ainda não caiu nenhum avião... (euhhhh, possivelmente não é a melhor comparação!) - Cottage (casinha rústica, campestre)? Nop, primeira visão? Uma casa victoriana a cair velha... Por dentro... Estava “arranjadinha” – um misto decorativo (mas também os Britânicos não são famosos pelo seu bom-gosto, certo?), e limpinha. Também já dormi em cada recanto, que este não destoava muito do meu manancial de residenciais...mas a minha maninha Paula (conhecida pelo seu lado “posh”) não achou grande piada!!! Aliás, achar, achou... Riu-se às minhas custas!!! Isto é o que deve acontecer aos homens, quando querem impressionar uma mulher: sai-lhes sempre o tiro pela culatra!!! E ainda estávamos no início!! Largamos as malas no nosso “luxurioso” quarto e rumo à descoberta!
Começamos bem: um belo jardim à porta de casa, um lago... Estávamos a ficar novamente entusiasmadas... mas também não durou muito... Mal saímos do jardim, deparamo-nos com a devastação do IRA: igrejas destruídas pelas bombas, pequenos memoriais às vítimas de bombardeamentos, murais de propaganda à guerra... Ok. É mórbido, mas sabendo da história de Belfast, até estava a ser interessante (com um misto de arrepiante!). Mas o mais chocante, era o estado das ruas: o cheiro nauseabundo de cócó de cães e urina, lixo, lixo, lixo, cinzento, cinzento, cinzento por toda a parte... Fiquei na dúvida se a Irlanda do Norte ainda pertencia à GB (Grã-Bretanha). Porque realmente quando pensamos na GB, surgem-nos imagens da verde Escócia, dos ricos castelos do País de Gales, Londres e a sua megalomania... E então, a Irlanda do Norte??? Ficou esquecida porque encontra-se noutra ilha??? O mais cómico nesta estória, é que estavam afixados em postes de iluminação sinais de multa aos donos de cães que não apanhassem as prendinhas dos Lulus (£500 = €750)... Bem, a polícia de Belfast de certeza que anda a comer de sono!!! Porque pela quantidade de m**** que encontramos nos passeios, ninguém apanha nada, e os cãezinhos andam bem alimentados e sem problemas de obstipação!!! Outra observação: ao contrário de Lisboa, em que a zona a Norte do rio é a mais “posh” – tanto na ROI como na Irlanda do Norte, a zona Norte (onde, azar dos azares, ficamos a pernoitar) é a Zona J – misto entre Casal Ventoso e Chelas... Fomos andando até chegar ao centro da cidade – metade das igrejas fechadas a cadeado e destruídas (fui avisada pelos meus colegas - antes de partir – para nunca mencionar a minha religião...LOL... Não sou assim tão fanática da Igreja Católica para andar a gritar nas 4 esquinas que faço parte dessa “bela instituição”).
O centro de Belfast até estava arranjado, limpo, organizado... possivelmente do tamanho do centro de Barcelos (??) – por isso, custos de manutenção muito reduzidos (os cócós/cheiros desapareceram quando chegamos ao “centro turístico”). Caminhamos, caminhamos até chegarmos ao Jardim Botânico – grandes gargalhadas à custa da minha enorme vontade em surpreender “positivamente” a minha manuchka – pouco ou nada a visitar – ou então estávamos já fora do horário de visitas... Desilusão sobre desilusão... Passamos pela Ulster University – a mais antiga universidade em Belfast: pela primeira vez, neste primeiro dia, sentimo-nos seguras e numa cidade um pouco mais cosmopolita... Jantar no Burger King (pois... nada saudável mas economicamente viável) e ida ao cinema (muito cultural!! Como se não existissem cinemas noutras cidades). O filme? Bem, é melhor ficar no segredo dos Deuses, porque tenho vergonha de dizer que fui ao cinema ver esta película... Posso só dizer que foi a cereja no topo do bolo e coroou um dia de desaventuras... Regressamos a casa, agarradas ao braço uma da outra, às 21h00. Nunca, nunca me senti tão insegura. Miúdos adolescentes bêbados ou drogados, a espalhar o terror – sem exageros! Pontapeavam carros, latas de lixos, gritavam, empurravam-se para a estrada, gritaram-nos... Chegando ao quarto (tremelicando): 3 canais de televisão – loucura total!!! Ainda por cima BBC (arghhhh). Notícia do dia: uma miúda tinha sido violada no campus da Ulster University no dia anterior às 23h00... Okaaayyyy.... Seguras?? Eu??? Já estava com vontade de voltar no primeiro autocarro da manhã a Dublin... A minha mana – bem mais optimista do que eu – convenceu-me a ficar, como combinado, até terça-feira.
Segunda: Pequeno-almoço britânico para a Paula e continental para mim... Ainda hoje estou para entender como é que a minha irmã (toda ela probiótica e contadora de calorias) conseguiu ingerir aquela quantidade astronómica de comida e Kcal!!! Pequeno-almoço britânico: omelete, bolo de batata, panqueca, feijões vermelhos, bacon grelhado, cogumelos e salsicha frankfurt. Pequeno-almoço continental? Croissant industrial, uma embalagem de compota industrial, outra de manteiga industrial, uma barra de cereais industrial, queijo industrial, uma fatia de fiambre industrial e uma fatia de pão...industrial. Como dizem os franceses: “Je me suis fait avoir!!!” (“Sinto que fui enganada”). Mesmo assim, acho que o meu estômago não teria aguentado aquela quantidade de comida “saudável” J. Pelo menos, tínhamos café, leite, sumo de laranja e cereais à descrição... Após este comensal pequeno-almoço, decidimos partir à aventura da descoberta do Castelo de Belfast. Pedido de informações na residencial: é já no topo da rua! (Diabo!! Ninguém me avisou que na Irlanda – seja ela qual for – continuam com a mania que tudo fica no virar da esquina!!!). Subimos a rua (pois, ela era a subir!!!), arfamos umas quantas vezes, até decidir perguntar se estávamos no caminho certo... Sim, sim... mais uns metrinhos adiante, iríamos encontrar placas informativas.... Certo!!! No meio de um descampado, umas placas... Certo... O castelo? Nem vê-lo!!! Volto a perguntar a um senhor, que gentilmente me informa que é algures no meio do monte, a cerca de 2 milhas dali (o equivalente a 5kms). Com a coragem atravessada a meio da garganta, metemo-nos a caminho. Tempo choco (chuva miúda) e nada convidativo a caminhadas. Teimosia? Q.b.
Segundo o filme “My Fair Lady”: “um cavalo sua, um homem transpira e uma mulher cintila”... Acreditem que não cintilei!!! Suei, transpirei, suei, transpirei... Desgastei o meu pequeno-almoço industrial e arrependi-me não ter comido os feijões e o bacon!!! Chegamos ao topo da colina, após curvas e contra-curvas de caminhos de monte, sempre a mirar os montes à procura do maldito castelo... e finalmente, lá estava o mono!!! E eu? Roxa, vermelha... de todas as cores.... Ufa, já não podia com as minhas pernas!! E para ver o quê??? Um castelinho!!! (Que na gíria portuguesa, seria considerado na melhor das hipóteses uma casa senhorial...) Conteúdo? Népias. Mais pobre do que o nosso grandioso Castelo de Guimarães! Bem, demos uma rápida visita ao monumento (ainda bem que a visita foi gratuita, porque muito sinceramente, após uma caminhada de 1hr30... Se tivesse que pagar, dava-me um tiro!!!) e bebemos um cházinho quentinho no café do palácio (Palácio??!! Até dá vontade de rir!!!). De volta ao montanhismo/corta-mato/cardio-fitness/musculação/e mais alguma coisa, metemo-nos na cabeça continuar com a nossa caminhada matinal... Mas que diabo nos passou pela cabeça??!! OK – tivemos inteligência suficiente para não voltar pelos caminhos de montanha e voltar à civilização por estradas transitáveis... Mas se tivemos a sorte de “chuviscar” na subida, não tivemos tanta sorte na descida... A chuviscada continuou mais forte e, por teimosia minha (mea culpa, admito), andamos até ao centro da cidade (quando podíamos ter apanhado um autocarro...). Chegamos a um Centro Comercial, molhadas até aos ossinhos (ai, as nossas botinhas em camurça). Ficamos a tarde toda a bebericar no Starbuck’s... E este foi o nosso último dia em Belfast...
Terça: De sorriso na cara (a minha mana voltou a apostar nos feijões e eu na Indústria para pequeno-almoço), voltamos a Dublin... O quanto fiquei a apreciar (ainda mais) o meu novo cantinho!!!
No resto da semana (a Paula foi embora no sábado), para infelicidade de ambas, tive de trabalhar na quarta e quinta, e na sexta, demos uma volta pelos belos recantos de Dublin (uma bela cidade!!!)...Um pouco ressentidas das longas e penosas horas gastas/desperdiçadas em Belfast, estávamos a pensar passar a nossa última noite agarradas a uma chávena de chá/T.V., mas fomos “desencaminhadas” pela Una (esta islandesa está sempre agarrada às Pints!!! Por isso é que ficamos tão amigas!!!)... Market Bar como final de férias! Muita conversa e gargalhada!! O certo é que os meus amigos ficaram todos encantados com a minha manuchka...
Regresso à “normalidade” após esta louca semana de férias!!!
3- MARÇO – Ida a Cork/ Assalto/ Ida à Portugal
Sexta 09 - Fui à Cork visitar a minha amiga Sílvia e o Julito (o namorado). A minha companhia aérea favorita (Ryanair) levou-me em 30 mins de Dublin a Cork pela módica quantia de €25 i/v. Primeiro problema na minha chegada ao aeroporto: vestia um casaco em lã que fecha com um enorme alfinete-de-ama. Potencial arma... Olhei para a hospedeira com cara de “Está a gozar comigo, não está??”. Tive de pedir a um casal de reformados se podia despachar o maldito alfinete na bagagem deles, porque não tinha nenhuma bagagem registada... Cheguei a Cork (http://www.cork-guide.ie/corkcity.htm) – uma pequena cidade no Sul da Irlanda – sem nenhum outro percalço – a não ser o facto do casal ter enfiado o alfinete num bolso da mala e termo-nos vistos gregos para retirá-lo do fundo!!! Recebida calorosamente pela Sílvia e pelo Julio! É tão bom ver amigos!!! Muita conversa, sempre... Muitas histórias e desabafos... Muito cházinho...
Sábado 08 – Uma rápida visita à Universidade de Cork. Puramente divinal! O prédio principal era o castelo de férias da Raínha (quando a ROI ainda estava sob poder britânico) – o que lhe confere um certo charme e romance. E a mistura entre a rudeza de um monumento histórico e a frescura da nova arquitectura... adicionando-lhe o som do rio fronteiriço... Divinal! Fomos para casa preparar o almoço – pois nessa semana tinha chegado um novo aluno mexicano (o Julio é mexicano) e era convidado para o almoço... Esperamos cerca de uma hora e o miúdo nunca apareceu (agora é que me lembro que me esqueci – LOL – de perguntar à Sílvia o que aconteceu com o rapaz). Solução simples: almoçamos (miam, miam – ele não sabe o que perdeu) e fomos dar uma volta à cidade de Cork. Pequenina mas encantadora! Era previsto, à noite, irmos ver a transmissão televisiva de um jogo de futebol (não me recordo das equipas...) a um pub, mas a Sílvia e eu decidimos passar um belo e confortável serão a ver “Amores Perros” e a bebericar uma chávena de chá...
Domingo 09 - Uma chuva torrencial!!! Autêntico dilúvio!!! Ainda bem que íamos almoçar à casa de uma aluna de pós-doutoramento espanhola. Nunca, em tão poucos dias, ouvi falar tanto Espanhol e variações do Espanhol... Coitados, pois tiveram de aturar-me e como sou espanholofóbica (isto é, como boa filha de Emigrantes Portugueses, detesto espanhóis e o meu cérebro não processa o Espanhol), também tiveram de esforçar-se para entender-me... Três Espanholas, um Mexicano, uma Argentina e duas Portuguesas... e eu era a única a no hablar una palabra de español. Saí a rebolar – sopa de lentilhas, tortilha, salada e mais mousse de limão... Fui apanhar o avião de estômago a rebentar – ainda bem que não somos como as bagagens e não pagamos excesso de peso, porque acho que fui embora para Dublin com uns quilitos a mais!
Terça-feira 13 – Ainda dizem que é a sexta-feira 13 que dá azar!!! Reformulem!! É mesmo o número 13, independentemente do dia da semana!!! Dizem que o dia só termina quando pousamos ambas as orelhas na almofada... Verdade verdadeira... E para mim, este dia foi mesmo looooooonnnnnngooooooooo!!!!!
Na Irlanda, existe um grande lobby (não, não!! Também existem lobbies aqui) relativamente aos espaços comerciais, principalmente na área da distribuição de produtos alimentares. Traduzindo por miúdos: existem duas cadeias de supermercados (não existem hipermercados – ainda se vive na era pré-histórica) na Irlanda: o Lidl e o Tesco. O Lidl é geralmente catapultado para as áreas límitrofes das cidades, obrigando as pessoas - que não têm carro - a recorrer ao Tesco – enorme (e monopolista) cadeia de supermercados na GB e ROI e onde costumo fazer as minhas compras semanais. Depois, existem dois tipos de Tesco: pequenos (OPÇÃO 1 - como o que fica perto da minha casa) e médios (OPÇÃO 2 - como o que fica perto da Universidade). Se quiserem algo um pouco mais “chique”, tal como uma certa variedade de vegetais avulso, então têm de recorrer à OPÇÃO 2. Senão a OPÇÃO 1, funciona “perfeitamente” como local de compras de mercearias banais...
Ora, nesta precisa terça-feira (tinha estado em Cork no fim-de-semana anterior, logo não tinha feito as minhas compras semanais) recorri à OPÇÃO 2. Saí da Universidade, mochila às costas por volta das 19h00, e fui ao Tesco perto da Universidade. Depois era só apanhar o autocarro para casa (5 mins). Quem conhece Dublin, sabe que a zona Sul é das zonas mais seguras da cidade. Aliás nunca me senti insegura em Dublin... até este dia. Entrei no supermercado, agarrei num carrinho de compras e enfiei a minha mochila na cadeirinha (onde se costuma pôr as crianças). Já estava a meio das minhas compras quando, no corredor dos produtos de higienização da casa, me lembrei que queria um ambientador. Larguei o carrinho a meio do corredor e fui até à ponta buscar o (mal)dito produto. Ouvi uma vozes e levantei a cabeça – primeiro reflexo: verificar que a minha mochila ainda estava no mesmo lugar – volto a baixar a cabeça para agarrar o ambientador e quando me levanto, a minha mochila... tinha DESAPARECIDO!!! Por mais estúpido que possa parecer, mas o meu primeiro pensamento foi: “Deixei a mochila aqui, certo?” (a primeira vez que me rebocaram o carro, fiquei na dúvida se o tinha estacionado naquele local...). Comecei a correr pelo supermercado fora, verifiquei as saídas e... nada! Dirigi-me a um funcionário e perguntei se tinham um sistema de câmaras, pois tinham-me roubado a mochila. Bem, se já estava com os nervos em franjas, fiquei pior depois de ver a calma do fulano! “Don’t worry, Miss, we’ll get your bag back!” e EU AINDA ACREDITO NO PAI NATAL!! Enquanto ele foi chamar o Gerente da loja e o Chefe da Segurança, pus-me feita barata-tonta a ver se via alguém suspeito... Comecei a entrar em pânico, pois não tinha os contactos de ninguém na Irlanda (os telemóveis facilitaram-nos a vida, mas quantos de nós têm os telefones apontados numa agenda, como roda-de-socorro, numa eventualidade como esta?), as minhas chaves de casa?? (A minha colega tinha ido para casa estudar para os exames... E o contacto dela estava no telemóvel roubado...). Onde é que ia dormir? O cartão de acesso ao Instituto? Na mochila! Depois (dentro dos azares, uma pontinha de sorte) apercebi-me que tinha enfiado as chaves de casa no bolso do meu casaco. Deixaram-me telefonar para Portugal à minha mana Carla para cancelar os meus cartões. Mal pouso o telefone, chamaram-me a dizer que tinham encontrado uma mochila - Uma mulher tinha pedido à caixa se podia deixar a mochila e depois pôs-se em fuga, o que levantou suspeitas e levou a caixa a chamar os colegas de trabalho.
Cara de felicidade!! A minha mochila, a minha mochila!!! Pedem-me para “identificar” a mochila e para verificar o conteúdo. Abro os bolsos e claro... tinha sido remexida. Carteira? Remexida – o cartão MB irlandês e o dinheiro vaporados. Telemóveis? Népias... Desespero... Faço uma rápida descrição dos telemóveis: 2 Nokias – um branco numa bolsa em pele branca e um castanho chocolate numa bolsa em camurça bege. Enquanto estou à espera que chamem a Polícia, o Gerente da loja chama-me a dizer que dois colegas (que tinham presenciado toda a cena) estavam no autocarro - de regresso à casa após um longo dia de trabalho - e reparam numa mulher a remexer em 2 telemóveis correspondendo à minha descrição. O Gerente pede-me o meu contacto de telemóvel e (como num filme) com um telefone numa orelha a falar com os colegas no autocarro, e com um telemóvel na outra orelha – liga para o meu telemóvel....
- “Está a tocar?”
- “Sim” respondem os funcionários.
- “Vou desligar e volto a ligar a ver se realmente é o telemóvel.”
Volta a digitar o meu número e do outro lado volta a tocar “Sadie” num telemóvel...
Confirmado!! É o meu telemóvel (o outro estava desligado, pois estava sem bateria). Os funcionários pediram ao motorista para parar o autocarro (os autocarros de Dublin têm um sistema interno de câmaras de filmar e ligação directa à Polícia). Toda a gente bloqueada no autocarro (imagino a cara dos passageiros... O autocarro pára e não lhes é dada qualquer satisfação... Ficava piurça se estivesse dentro desse autocarro – mas como estamos a falar dos meus pertences... Acho muito bem!!!). A Polícia prende a fulana e leva-a para a esquadra.
O Gerente telefona à Polícia a perguntar quais as demarchas a seguir e o guarda informa-o que estão na mudança de turnos, e só posso apresentar queixa à partir das 23h00... Misto de felicidade e aborrecimento... Sinceramente, só me apetecia ir para casa!
O Gerente da loja pagou-me o bilhete de autocarro até ao centro da cidade (pois estava sem um cêntimo...) e nomeou um funcionário para ir comigo. Chegando à esquadra, agradeço aos heróis do dia e sou chamada a depôr.
Duas situações em que o meu inglês fica “quase” perfeito: quando estou etilicamente bem-disposta e quando estou à beira de um ataque de nervos!
A mulher-polícia (muito simpática) pede-me para identificar os meus telemóveis e após muita insistência da minha parte, devolve-me o meu MB (que ficou inútil, pois a ladra após ter sido apanhada, dobrou-o, partindo a banda magnética e deixou-o cair no chão da esquadra... o quanto estúpida uma pessoa consegue ser num só dia!!!). Fico notificada que os telemóveis são considerados “prova de um crime” e que posso ser legalmente processada caso os perder/vender! Também fiquei de notificar a Polícia cada vez que me ausentar do país/ alterar de residência pois posso ser chamada a depôr em tribunal a qualquer momento... Euuhhhh.... Afinal quem é a criminosa???
Mas o melhor ainda estava para vir. Já passava da meia-noite quando finalmente vi o fecho de um longo dia...
Último problema a resolver: estava sem dinheiro (pois... esse não mo devolveram pois é considerado prova e como fui a segunda vítima do dia da ladra (o meu roubo serviu pelo menos para ajudar outra pessoa a também recuperar os seus pertences), o dinheiro que encontraram tanto podia ser o meu como o da outra vítima...), sem cartões MB/de crédito portugueses (cancelados pela minha super-eficiente irmã) e irlandês (estragado pela super-ineficiente-burra-palerma-estúpida da ladra), não tinha como voltar para casa. Estava na esquadra do centro da cidade e a cerca de 7kms de casa... Os autocarros terminam à meia-noite, não tinha como pagar um táxi e acho que tinha tido um dia suficientemente longo e traumático para pôr à prova (mais uma vez) a minha sorte e me meter na aventura de ir à pé até casa... Por isso, e pondo a vergonha de parte, pedi à Polícia se podiam me dar uma boleia... Pediram-me para aguardar uns minutinhos pois ia uma brigada sair para patrulhar a minha área de residência... Fantástico! A minha sorte estava a mudar!!! Certo... (tenho de deixar de acreditar no Pai Natal)... Qual não é o meu espanto quando acompanho os dois polícias ao parque de carros e vejo-os a dirigirem-se a uma carrinha tipo “Renault Traffic” – enormíssima!!! Vou para entrar na cabine de passageiros quando o polícia me diz: “Não, não!! Os civis não podem circular na cabine”. OK! Então, vou sentada onde?... E onde havia de ser?? Digam-me?? Pois... Adivinharam! Fui presenteada com uma boleia para casa... NA JAULA!!! Fiquei notificada e “sob vigilância domiciliária”, por isso, uma voltinha no carro-jaula foi mais do que normal!!! Uns metros antes de chegar à minha casa, pedi-lhes se me podiam deixar na paragem de autocarros (moro perto de um dos hóteis mais requintados de Dublin e sair da jaula à porta de casa...não sei... No dia seguinte, teria uma ordem de evacuação colada à porta!!!). Após um braço-de-ferro com os meus motoristas – que insistiam em deixarem-me à portinha de casa – lá consegui convencê-los a “libertarem-me” na paragem de autocarros. Quando entrei em casa, nem conseguia acreditar que, finalmente, finalmente... o meu dia tinha acabado. Uma simples ida ao supermercado que, num dia normal, teria tomado umas 2hrs do meu dia, acabou por durar, nada mais nada menos, do que 6hrs. Fiquei sem as minhas compras, sem cartões MB, sem dinheiro, sem umas horas de sono... E ganhei: uma notificação domiciliária, uma boleia para casa no carro-jaula e mais uns cabelos brancos!
Mas, como em todas as estórias, há sempre um final “feliz”: recuperei os meus pertences, “ajudei” outra pessoa a recuperar os dela, “transformei” dois funcionários em dois heróis, fiquei com mais uma estória para contar, aprendi que Dublin, afinal, é uma cidade/capital como as outras e... acima de tudo, descobri que tenho verdadeiros amigos!
...
E tenho de dar razão ao Gerente do Tesco de Mount Merrion... Eles realmente recuperaram a minha mochila! (mas continuo a não acreditar no Pai Natal!)
Quarta 14 - A minha irmã (que nem é titular das minhas contas bancárias) consegue cancelar os meus cartões via telefone. Até aqui, nada contra, apesar de ser dúbio. Dia seguinte a ser “assaltada”. Contacto os meus bancos para saber se há possibilidade de re-activar os meus cartões. Dúvidas:
a) Como é que esperam que uma pessoa possa ela-própria anular os cartões após ter sido roubada, se os contactos dos bancos encontram-se no verso dos cartões roubados?
b) Querem saber o número dos cartões. Ok! Meu senhor, tenho uma memória de elefante para números (sei de cabeça os números de contribuinte, de Bilhete de Identidade e contas bancárias de toda a família), mas, as minhas sinceras desculpas, esqueci-me de decorar os 16 dígitos dos meus 4 cartões MB/de crédito... Deve estar a gozar!!!
c) Tenho de dirigir-me pessoalmente ao balcão do meu Banco e solicitar novos cartões. Ok! Fui roubada, tenho os meus cartões cancelados e estou num país estrangeiro... e Deus esqueceu-se de me dar asas (aliás, estão prometidas para quando “bater a bota”). Está à espera que vá para Portugal como??? À nado??? Resposta do senhor do outro lado da linha (só me apetecia bater-lhe quando ouvi esta...): “Dirija-se ao Consulado/Embaixada Portuguesa e peça para ser repatriada!” Juro que pensei que ele estava a gozar comigo! Ok, estou num país desenvolvido e que, por acaso, tem uma Embaixada Portuguesa. Mas, e se estivesse perdida algures no meio do Zimbabwe??? Ia ser “repatriada” como??
Bem, após muita discussão “vazia” e que não me ia levar a parte alguma, decidi ser “repatriada” às custas da minha mana e marquei um vôo para Portugal.
Quinta 29 – Ida a Portugal. Pelos piores motivos, certo, mas ninguém me tira o sorriso (fechado por fora por causa do aparelho, mas radiante por dentro) sempre que vou a Portugal.
Cada vez que vou, corro várias maratonas: visitar amigos, tratar dos meus assuntos, dos assuntos dos meus pais, disfrutar da minha família e sobretudo da minha pequena Matilde... 6 dias vividos intensamente, mas que me deixam sempre imensas saudades na partida...
E por hoje é tudo... Espero que tenham sobrevivido a esta longa narração de (des)aventuras. Sei que EU sobrevivi... não sei bem como, mas ainda ando por aqui!!!
Já estou a trabalhar (LOL) na escrita das minhas “mémoires” de Abril a Junho....Siiiimmmm, a minha vida continua completamente “upside-down” e com muitas estórias para contar!
December 2006
Jantar de Natal do Instituto. Fomos todos almoçar ao restaurante da Universidade, pois convinha aconchegar o estômago para noite. Na altura, não entendi: se íamos ter jantar à noite, porquê comer que nem lobos ao almoço? Quando penso em jantar associado ao Natal, penso em comida, montes de comida, regada com bons vinhos!! Mudei de conceito após este dia...
a) Bebidas: acho que não se pode ser abstémio na Irlanda: quantidades industriais de cervejas e vinhos (maioritariamente chilenos e espanhóis - fraca 2.a escolha!) e água! Não, não havia refrigerantes! Ou bebem álcool ou então... CASTIGO! Água!
b) Comida: A festa começou às 18h00, com muito álcool e Pringles (just Pringles, nothing else but Pringles - ainda por cima com sabores esquisitos: cebola, sour cream, vinagre, etc.). Passada a primeira hora, já toda a gente estava alegre! Eram cerca de 21h00 quando chegou a comida... Pizzas!!! Yep, foi a refeição de Natal: uma fila de mesas em que as pessoas se serviam de fatias de pizzas. Mais nada! Esquecem a sobremesa. O jantar foi Pringles e Pizzas!! Bendita a hora em que fomos almoçar à cantina! Se soubesse, até teria guardado umas sandes para depois!
c) A preparação para a festa: Possivelmente deveria ter começado por aqui, pois foi neste preciso momento que a festa realmente começou! Não vou entrar em detalhes em relação aos homens, pois estes, geralmente e seja em que parte do Mundo for (exceptuando esta nova moda de metrossexuais), não se preocupam muito com o aspecto, do momento que estejam asseados... As mulheres, bem... Quando soube da festa, a minha primeira preocupação foi: "Temos de vestir vestidos de cerimónia?" Quem me conhece, sabe que tenho horror a vestidos de gala e sapatos de salto alto! Felizmente, as raparigas do meu grupo disseram-me para não me preocupar pois iria haver mulheres produzidas mas que elas iam de calças de ganga: tomado a letra! Esqueceram-se foi de me dizer que o resto ia ser tudo menos descontraído... Topes com brilhantes, super-hiper-maquilhadas e eu... com toda a simplicididade do Mundo! Igual a mim-própria! (Também não há muito a fazer para alterar esta minha fronha!). Mas o mais engracado foi tudo em meu redor, toda a preparação: O Instituto esteve vazio quase o dia todo e as poucas almas corajosas escapuliram-se às 17h para iniciar a cerimónia de preparação para a festa! Era ver-se a bagunça nas casas-de-banho, com mulheres a trocarem de roupa, maquilharem-se, arranjarem os cabelos... Só visto! Como não havia espaço suficiente para todas, as janelas também foram usadas como espelhos... Inacreditável! Ver as mesmas pessoas que minutos antes estavam de jeans, sapatilhas e rabo-de-cavalo mal amanhado, agora de cabelo ultra-esticado, saltos altos e vestidos de gala... Impressionante! Meus senhores, e para quem goste, a Irlanda e um poço de Barbies: de dia, desportivas e de noite, umas princesas!
A festa acabou num pub da cidade - BoJungle (que, segundo me constou, é um pub onde os senhores de uma certa idade vão para engatar: "to score", em inglês), mas nessa noite, estava por conta do Instituto. Música de mau gosto/má qualidade, mas deu para divertir: pela companhia, pelo facto de estar sobre-embriagada, por tudo! Voltei para casa às 2h, pois tinha aulas às 9h no dia seguinte - e acreditem: ir a um curso de Técnicas e Estratégias em Medicina Molecular, falar sobre cancros e novos métodos de tratamento, de ressaca... Vida de estudante é dura!!!
2 - JENS' GROUP X-MAS PARTY (08/12)
a) Karting: Neste dia não estava muito para festas (tinha acabado de ser informada que o prognóstico sobre a doença do meu pai ( internado no hospital há uma semana) era reservado), mas lá decidi ir com o grupo para uma tarde de Go-Karting! E ainda bem que fui! Despejei os meus nervos e ansiedade no volante do meu kart! Fiquei em 4.o lugar do meu grupo (éramos 2 grupos de 5 e 6 elementos): nada mal, para uma caloira! Uma hora de anti-stress! Fantástico! Fiquei viciada! Depois tive a boa notícia (dentro das más notícias, temos de conseguir ver o lado bom...), o meu pai ia receber alta no dia seguinte - falei com ele e fiquei mais descansada. A caminho e de regresso à Universidade, o Jens comprou 2 garrafas de champanhe para festejar a vitória do Fergal no Go-Karting (foi o campeão entre as duas equipas). Mini-festa na sala de reuniões. Como não tinha almoçado, acho que fiquei imediatamente bêbada após o primeiro golo. Ainda me arrastei até casa para me preparar para a festa.
b) Jantar: Encontro com o resto do grupo no Market Bar, primeiras cervejas para abrir o apetite (???), mudança para o Acapulco (restaurante mexicano), margaritas, vinho chileno, muita conversa (ficamos no restaurante até à 1h, muito fora do vulgar aqui), última paragem no Hogans e fecho com Smirnoff Ice.
Resultado final? Muito álcool no sangue (ou será sangue no álcool??), muita dança (fui abordada por uma gaja!! Acho que tive mais sucesso no círculo feminino do que no masculino) e cheguei à casa K.O. já passavam das 4h.
Sábado e domingo: recuperação etílica e das lesões do karting (e das danças!).
Jul 6, 2007
November/December 2006
Bem, escuso dizer que as semanas parecem quase todas iguais: acordar, ir para a universidade, ligar computador, ler emails - que são raros, diga-se de passagem... amigos desnaturados! :) - e trabalhar no meu programa em Python (reafirmo: uma seca! Sobretudo porque recusa-se a funcionar!), almoçar, ir aos seminários, voltar para casa, TV, preparar o almoço para o dia seguinte, ler (neste momento - en français: "Un Jeune Américain" de Edward White), beber o(s) meu(s) chá(s), cama...
Uma banalidade, excepto sexta em que nos encontramos no Lonnegan's, para as primeiras cervejas do fim-de-semana.
2- IDAS AO PUB
Geralmente bebo só uma cerveja, isto porque:
1. Beber sem nada no estômago (ainda me recuso a jantar às 18h00!) é custoso;
2. A 5 Euros, a cerveja é um hábito demasiado dispendioso para uma estudante bolseira...
3- FIM-DE-SEMANA COM A SÍLVIA (11, 12 e 13/11)
Nessa sexta, por acaso abri excepção e bebi duas pints... Também não podia beber muito mais, pois tinha de ir buscar a minha amiga Sílvia a estação ferroviária. Falar inglês sóbria é uma coisa, com os copos... hips! Don't know...
Um pequeno aparte: A Sílvia foi a pessoa que me convenceu a apresentar a minha candidatura aqui para a Irlanda - está no seu último ano de mestrado em Cork - uma pequena cidade no Sul da Irlanda.
Bem, lá fui eu para estação - como boa portuguesa que sou, conversa e mais conversa e saí um pouco tarde do pub e como não tinha certeza a que distância era a estação e a que horas chegava o comboio, apanhei o autocarro para o centro e depois um taxi na cidade... Fui literalmente roubada! Ainda falam dos taxistas portugueses - umas ovelhas mansas, comparados com os irlandeses! Paguei 9,90 Euros por um trajecto que me demorou cerca de 15 minutos a percorrer a pé (no domingo, depois de ter deixado a Sílvia na estação, de volta a Cork, fiz o teste!), e isto se comparar-mos aos 17,90 Euros que paguei da estação à minha casa - e moro à cerca de 10km da estação!? Ladrões!!! Bem, fui roubada pelo taxista para depois esperar cerca de hora e meia pelo comboio - ok, estava enganada nas horas, mas também, tal como no nosso país, o comboio atrasou-se cerca de 40 min. Quando a Sílvia chegou, fomos para casa - eu, ja tinha feito a peregrinação de sexta ao pub; ela, estava muito cansada da semana e da viagem... Cházinho, bolachinhas e conversa...muita conversa! Querem melhor serão? Ficamos até quase às 4h00 à conversa! Sim, demos jus à fama das mulheres falarem pelos cotovelos... porque foi assim todo o fim-de-semana! Não fizemos nada de especial... mas que demos a treta, demos!!! Muito chá, muita conversa - um fim-de-semana simples, mas muito agradável.
4 - JANTAR INTERNACIONAL (Sábado 18/11)
Dia do meu jantar internacional. A ideia inicial era preparar um prato típico português: rojões à minhota, uns bolinhos de bacalhau e um pudim Abade de Priscos - ou algo do género. Primeira tarefa: encontrar ingredientes... Meus amigos, reitero que estes anglo-saxónicos não sabem o que são lojas, nem HACCP (para quem não sabe - Seguranca Alimentar). Onde já se viu por os Cd's no mesmo corredor do que a carne congelada; os produtos para animais de estimação com os produtos de puericultura e por aí adiante??? Uma dor de cabeca ou será um quebra-cabecas? Demoro sempre imensas horas para descobrir o que realmente quero (e podem perguntar à minha mana, não tenho muita paciência para andar as compras). Tudo isto somente para dizer: "MISSÃO IMPOSSÍVEL". E como não sou (nem de longe, Tom Cruise), foi mesmo impossível encontrar/comprar o que queria. Desisti... E então combinamos fazer um jantar um pouco mais internacional em que cada um trazia um parto de um determinado país (de origem ou não). Tanta comida!!! Fiz uma massa que me ensinaram em Eindhoven (Holanda), crêpes, paté de atum e uma salada, a Una trouxe comida islandesa (uma delícia), Fergal - scones (hhhummmm), Barbara - irish smoothies (gelado de baunilha com Baileys), Helen - mexican salad (é vegetariana), Jens & Katie - bolo de côco e mexican tacos, Nikolaj - bolos de carne e uma tarte de legumes e Chresten - meatballs (almôndegas). Conclusão: Muita comida, regada com muita bebida...
Sobrou tanta comida!! Ia deitar fora a minha massa (cada pessoa levou as suas sobras), mas pediram-me para levá-la para o almoço de segunda-feira: pensei que estavam a pregar-me uma partida, mas lá levei o tupperware, talheres e pratos de plástico na segunda. Aqueci a massa no microondas da "tea-station" (é uma sala com varios electrodomésticos, o que permite preparar/aquecer refeições no dia-a-dia e tem água quente para o chá, claro!). Sentamo-nos na cafetaria e toda a gente comeu! Meus senhores, houve muita boa gente a cobiçar a minha comidinha! Ouvi elogios! Porque cheirava maravilhosamente bem e tinha um óptimo aspecto! Não sobrou rigorosamente nada! Em Portugal? Nem pensar! Que vergonha!!! E este tipo de situações que me fazem adorar este país - a simplicidade das pessoas, sem falsas pretensões e aparências! S.I.M.P.L.I.C.I.D.A.D.E.
Domingo? Limpeza do apartamento e descanso merecido!
5 - IDA A PORTUGAL
Semana de calvário: vôo marcado para Portugal no 24 e os dias que nunca mais passam. Um trauma!
Dia de partida: 24/11.
Hora do vôo: 09h25.
Malas: leves - afinal só fui por 4 dias!
Preço do meu vôo: 20 Euros + taxas = total: 34 Euros (adoro os low-costs!).
Novas regras de vôo? Estúpidas e um roubo legalizado! Passo a explicar: sai de casa as 6h00 da manha, levava comigo o meu pequeno-almoço, pois só chegava a PT ao meio-dia e sempre torna a viagem mais curta ter algo para entreter o estômago.
- Primeira paragem: ficaram com os meus sumos, a minha água e o meu iogurte - breakfast on me that day! Proíbido levar líquidos com volume superior a 100mL. Tradução? Não podem levar nada, têm de comprar nas lojas depois de passar a alfândega, a um preço inflaccionado! - Segunda paragem: trazia tambem comigo algumas prendas de Natal: uns shakers e uns frascos de marmelada confeccionada com whisky Jameson - CONFISCADOS!!! Porque podia utilizar os frascos para transportar líquidos!!?? Total do prejuízo: acima dos 30 Euros. Não ter despachado a mala, ficou-me caro! E eles ficaram com prendas para a família... devem ter um sorteio no final do dia, para saber quem fica com o quê...
Finalmente, em Portugal, para matar saudades do meu avuelito, da minha mana e do seu fagiolino - que decidiu pregar-me uma partida e nascer no 29!!! Chuva, muita chuva!!! De volta a Irlanda, um tempo fantástico à minha espera, sol e temperaturas amenas (dentro do possível), o que tornou o meu regresso menos doloroso...
6 - DIA ESPECIAL: 29 de Novembro de 2006
Melhor dia da minha vida, muito ansiosa, mas feliz! Nasceu a minha pequena Matilde, às 19h14, com 2,970kg e uns fantásticos 48,5cm! Para esclarecer dúvidas que se possam instalar nessas cabecinhas perversas (já me perguntaram se tinha fugido para a Irlanda para ter um bébé às escondidas), a Matilde é a minha primeira sobrinha e afilhada, há muito desejada! E sim, vou ser uma tia babada, babadíssima!
7 - DIA DE TREINO
Primeiro (e único, até hoje) dia de treino. Acordei cedo para estrear a minha nova bicla. Saí de casa às 8h00 em ponto! Pedalei contra um vento terrível, percorri cerca de 10km (em 30 min.) na N11 (Stillorgan onde vivo até Shankill onde mora o meu supervisor).
Como tinha vindo pela estrada nacional, decidi regressar por estradas interiores e à beira-mar: boa ideia? Achei que sim... mas sem mapa e a transitar pela esquerda...hhuuummm. Demorei 1h10 a fazer o trajecto de regresso - não sei quantos quilómetros percorri, mas cheguei a casa estafada!
8 - VENTOS IRLANDESES
Após o meu primeiro dia de treino, e cheia de coragem para o segundo, acordei às 7h30, no dia seguinte, para treinar, mas rapidamente voltei para o ninho: Dia de tempestade: ventos na ordem dos 150km/h segundo os noticiários, dia escuro e pouco convidativo. Dia de choco. Quando alguém vos disser que chove torrencialmente na Irlanda, neguem! Já cá estou há quase 2 meses, e só tive cerca de 5 dias de chuva miúda e possivelmente 2 dias de chuva forte. Acreditem, o pior na Irlanda não é a chuva, mas sim o vento! Chuva aliada ao vento tambem é chato, mas isso fica para relatos de janeiro e fevereiro - época de chuvas segundo me disseram - caso sobreviver...
Quando era crianca, tive um pequeno problema de alimentação: até atingir os 13 anos pesava pouco mais do que 30kg. Era uma luta diária com a minha mãe, pois não conseguia comer! Maldita a hora em que atingi a puberdade e agoro luto para não engordar!!! Bom, isto para vos dizer que sendo magra, sempre que viesse um vento mais forte, era ver-me agarrada aos postes e sinais de trânsito para não ser levada pelo vento... Entretanto engordei :( e mudei-me para Portugal e nunca mais experienciei o trauma de ser arrastada pelos ventos... até ter vindo para cá! Sinto-me novamente com falta de peso (não, não essa falta de peso!!! Mentes deturpadas!). E ver-me agarrada a um poste à espera que os ventos acalmem ou então a andar com o corpo balançado para a frente, quase a 45 graus!
“Se não sabemos para onde vamos, todos os ventos são favoráveis.
Um mapa de nada nos servirá, se não sabemos para onde queremos ir.”
Ditado chinês
November 2006
Os dias têm decorrido normalmente, depois daquela aventura à procura de casa... Mudei-me (não definitivamente, pois ainda ando à procura de um cantinho só meu), a minha companheira de casa também nunca está (infelizmente, a semana passada, faleceu a avó e desde então nunca mais a vi) e passo os meus dias no campus universitário (das 9h00 até às18h00), mais concretamente no Conway Institute - School of Biomolecular and Biomedicine Science.
Milagrosamente, não tem chovido... Comprei uma bicla para continuar a treinar (ouvi dizer que o meu companheiro de treino em Portugal está a progredir a olhos vistos! Ai, ai!!!) e ainda estou à espera que me telefonem a dizer para a ir buscar (e obrigatório por luzes, guarda-lamas...) e estou a prever que quando a tiver, vai comecar a chover torrencialmente... Enfin, c'est la vie!
No final do dia (que tem sido passado a ler artigos científicos e a treinar programação no Python(HELP!!!!), vou calmamente a pé para casa (demora cerca de 10, 15 min. portugueses), preparo o meu almoco para o dia seguinte e TV (aqui, as pessoas jantam por volta das 18h, por isso quando chego a casa, estão a passar as minhas séries favoritas: CSI, Sex&the City, Cold Case - felizmente, cá não têm novelas brasileiras/ portuguesas). Como vêem, nada de especial!
2- O MEU SEGUNDO FIM-DE-SEMANA
A) Sexta 03/11 - O concerto dos Muse no Point Theatre
Consegui um bilhete à última da hora, pois já estava esgotado desde Setembro! Uma colega do meu grupo de trabalho (Barbara) ouviu uma rapariga a comentar no laboratório que a colega de quarto queria vender um bilhete pois tinha terminado com o namorado, logo tinha um bilhete a mais (engraçado, quando eu terminei a minha relação, fiquei sem os meus bilhetes para a "Ópera do Malandro"). Complicado? Não! Consegui um bilhete, no dia, e pelo preço normal!!! Claro, era um bilhete na plateia e... bem, sobrevivi! Após empurrões, o cheiro a sovaco do vizinho (não, não.. aqui também os há!), gotículas (??, seria melhor dizer gotas) de suor vindo do cabelo de um fulano que o agitava de um lado para o outro e um fulano que queria adormecer sobre o meu ombro de tão drogado/bêbado que estava, a Una (a rapariga islandesa) veio buscar-me e consegui infiltrar-me nas tribunas - bem melhor: pude dancar, gritar, cantar e ver o palco!!!
B) Sábado 04/11
Dia normal... Passei o meu sábado a limpar o apartamento. Parecia, à primeira vista, estar limpo... mas precisava de um auditoria realizada por mim!! Limpeza geral! Desinfecção OK!
C) Domingo 05/11 - International Rules Series
Se se perguntam o que diabo são os "International Rules Series", então estão exactamente no mesmo ponto onde eu estava quando me convidaram para ir ver Irlanda vs Australia.
82142 espectadores para ver um desporto somente praticado por estas duas equipas! Consiste num misto entre o futebol europeu, um pouco de râguebi e uma pitada de voleibol e basquetebol! Tambem houve boxe, mas pelos vistos não fazia parte do jogo! LOL! Ainda o jogo não tinha começado e já estavam a distribuir bofetadas pelo campo... O mais impressionante e que o arbitro apitou o início do jogo mesmo tendo metade da equipa a bulha!! E não houve cartões para ninguém! Vá-se lá entender!
Basicamente, o jogo consiste em 2 equipas de 15 jogadores cada, que se distribuem pelo campo, metade para cada lado (7 de um lado e 7 do outro e 1 a meio-campo). Existe o cartão amarelo - o jogador vai 10 min. (acho eu) para o banco (bin sin) mas depois volta - e o cartão vermelho, em que é expulso definitivamente. Cada jogo é dividido em 4 partes de 18 minutos de duração. Explicar como é jogado, é mais complicado. Podem chutar a bola (futebol), lançá-la (voleibol) mas só podem dar 3 passos com ela na mão e/ou a passam a outro jogador (chutada com o pé ou a mão) ou então batem-na no chão (como no basquetebol) e podem dar mais 3 passos. É claro? Não me parece... porque só visto. Depois, os golos são marcados da seguinte forma - existem 4 pilares (imaginemos da esquerda para a direita: 1, 2, 3 e 4): o 1 e 4 são mais baixos, o 2 e 3 são mais altos e entre o 2 e 3 existe uma baliza de futebol. Se o jogador marcar entre os pilares 1 e 2 ou 3 e 4, ganham 1 ponto, entre os pilares 2 e 3, 3 pontos e na baliza 6 pontos. Se estiverem interessados em saber mais, podem sempre ir a Wikipedia ( http://en.wikipedia.org/wiki/International_Rules_Series). Boa sorte!
Resultado? Antes de mais, tenho de explicar que estava a torcer pela Austrália (eu sei, não tem muita lógica!) porque o grupo era constituído da seguinte forma:
- Una e Danny (namorado) - islandeses (neutros como eu);
- Jonathan e Gerry - irlandeses ferrenhos;
- Sally (namorada de Jonathan) - australiana de gema.
Como a Sally trouxe todos os apetrechos para apoiar a Austrália (carinhosamente chamada pelos conterrâneos por Aussie) e não me apetecia comprar chapéus e afins por causa de um jogo, bem, fantasiei-me de australiana e gritei: "Come on, Aussie!!!" E ao contrário do expectável, a Aussie varreu literalmente a Irlanda por uns magníficos 61 contra 39! WoooooooooHooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!
Este dia ficou também marcado pela presença da Exma. Sr.a Presidente da República da Irlanda - Mary McAleese, ao vivo e a cores, na cerimónia de abertura. O Danny conseguiu dar-lhe um aperto de mão (isto só para vos dizer que tivemos lugares de excelência) e não se calou durante o caminho de regresso de tão eufórico que estava! E não é irlandês!
Depois fomos comprar pizzas e cervejas (como não podia deixar de ser) e fomos para a residência universitária de Trinity College (onde o Danny, o Jonathan e Gerry estudam (este último também mora lá)) e jogamos poker (uma lástima - nunca tinha jogado antes - e perdi por 2 vezes - endividiei-me virtualmente até aos cotovelos para me manter no jogo). Enfim, um domingo inesquecível!
No próximo fim-de-semana recebo a pessoa a quem devo a minha vinda para cá! A bhui le Sílvia!